segunda-feira, 22 de junho de 2009

Reunião de pauteiros

Reunião do dia 25 de setembro de 2009

Papo rolando na sala de pauteiros...

Subchefe (enfático): – O sistemático copia-e-cola de releases é prática comum entre os periodistas da PressAA, mas não posso admitir que a notícia seja publicada com o crédito indevido.

Foca: – Aqui não fazemos isso. Nós copiamos, trocamos frases. Às vezes modificamos apenas a sintaxe, claro. Mas mudamos. Aí, sim, publicamos.

Plantonista da PressAA no Planalto: – Por que você está falando isso, Sub?

Subchefe: – Porque foi o que aconteceu com a jornalista Claudia Yoscimoto, que teve uma matéria sua publicada na íntegra em um site, assinada por outro profissional. Pra lá de antiética, essa atitude é ilegal e pode gerar processos por danos imorais.

SaKosheio: – Eu soube desse caso. Na época, Claudia fazia um tlabalho pala o plefeito de Mogi das Cluzes, Junji Abe. No?!

Paul Long: – É verdade, isso aconteceu em 2007. A jornalista acompanhou a visita do prefeito ao Japão e divulgou o fato aos órgãos de imprensa brasileiros no país e à assessoria de imprensa da prefeitura. Mas Claudia só se deu conta quando fez uma busca pelos textos para incluir em seu portifólio.

Komila Nakova: - Foi a primeira vez que isso aconteceu com ela? Pois eu já estou até me acostumanda com textos meus assinados por gente que nunca vi mais gordo! Quando se muda alguma coisa, tudo bem, mas dar crédito para outra pessoa, isso é antiético.

Sind Kalista: – Para o presidente da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais, a Apijor, Frederico Ghedini, apesar das assessorias de imprensa terem suas particularidades, os profissionais que atuam nessa área podem reclamar seus direitos. No meu entender, ninguém pode colocar o nome em um texto que não foi ele quem fez. Isso pode suscitar uma ação por danos morais. É uma questão de direito autoral.

Prosélito: – Conheço outros problemas do gênero. A jornalista Paula Batista, sócia da Lide Multimidia, agência de comunicação com sede no Paraná, conta que o fato é muito comum. Ela diz que isso acontece bastante, esse negócio de colocar o nome do jornalista do veículo. Isso quando não usam o assessor como fonte, aspas na matéria. Mas não há muito o que fazer, porque geralmente ficamos sabendo muito tempo depois da publicação, e lidamos com um universo muito grande de jornalistas, alguns mais conhecidos, outros não.

Marakalanga: – Ainda ontem bati um papo com a Paula pelo msn. Ela considera esse tipo de situação constrangedora para explicar para o cliente e adota algumas medidas para coibir a apropriação dos textos da assessoria. Isso é o que devemos fazer aqui na PressAA. Queremos que os clientes sejam divulgados na imprensa, mas quando acontece essas coisas acabamos restringindo, evitando de pautar o veículo. Outra opção é fazer o follow-up, para inibir e permitir que o jornalista fale com o porta-voz.

Foca: – Tô vendo aqui que a jornalista relata um dos episódios que ela diz acontecer com frequência. Quando fez um trabalho para uma ONG, enviou um release. Quando foi ver, o texto havia sido publicado na íntegra em uma página inteira de um jornal. Paula até enfatiza que fatos como esse acontecem principalmente em veículos pequenos, mas há exceções. Ela diz que isso já aconteceu na extinta Gazeta Mercantil, publicaram um release deles e, acrescentaram apenas um olho. Mas que caras-de-pau!

Paul Long: – Para a advogada da Apijor, Dra. Silvia Neli, casos como estes são comuns. Ela me disse que um dos mais recentes foi o caso da publicação de uma foto como ‘divulgação’ na Folha. A foto foi enviada por uma assessoria. Silvia me disse que ganharam em primeira instância, mas a Folha está recorrendo. Ela alerta ainda que é essencial os jornalistas estarem atentos aos direitos autorais. É importante ter essa atenção, o que não é uma prática no mercado, porque a qualquer momento uma pessoa pode requerer seu direito.

Foca: – Vejam só! A gente falando nisso e o caso rolando na internet. Ó, ta no Comunique-se: “'Copia e cola' de releases pode gerar processo por dano moral”, por Izabela Vasconcelos, de São Paulo.

Stupe Facto: – Mas que coincidência! Dá o link pro visitante, dá!

Foca: – Taí, ó...

http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D53626%26Editoria%3D1192%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D119409640249%26fnt%3Dfntnl

Subchefe: – Bom, o importante é que não fazemos isso aqui. Vamos à nossa pauta...

Passos Dias Aguiar: – O Kais Ismail, de Porto Alegre enviou esta nota para o nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe:

“Amigo Fernando, o que está rolando em POA em relação ao trânsito é muita negligência e deslumbramento de funcionários públicos que são muito bem remunerados, mas que nada fazem para verdadeiras melhorias. Há um ano e dois meses venho solicitando às autoridades locais que façam com que as leis de trânsito existentes sejam respeitadas, pois basta isso para que haja segurança nas ruas. Entretanto, preferem queimar o dinheiro público com campanhas que nada resolve enquanto pessoas morrem nas vias de um porto alegre”.

Foca:- Ele fornece links para conferir matérias do Diário Gaúcho. Assistam ao vídeo e conheçam o Kais em entrevista, falando sobre essa questão.

http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=2&contentID=76226&channel=234

http://www.novosinal.com.br/

Conclui o Kais Ismail:

“Me senti tão incomodado com essa inresponsabilidade q recorri ao MP conforme anexo. Um forte abraço”.

Foca: - O Kais é um lutador. Foi ele quem encabeçou a luta pela construção de uma praça pública para as crianças na Palestina. E conseguiu. Lembram-se? Quem quiser conferir, taí um dos links para matérias tratando do caso...

Praça pública para crianças palestinas

http://port.pravda.ru/mundo/13-05-2007/17040-criancaspalestinas-0

E foi construída sim!

Plantonista da PressAA no Planalto: – Eu gostaria de distribuir essas páginas do Brasília Confidencial com os visitantes...





CLIQUE NAS IMAGENS E LEIA EM TAMANHO AMPLIADO

Subchefe: – Bom, por hoje é só. Está encerrada a nossa reunião.

* * *

Reunião do dia 29 de agosto de 2009


Papo rolando na sala de pauteiros...




Paul Long: - Mas que coisa mais ruim é essa oposição! Um governo desses merecia uma oposição muito melhor! Às vezes dá até vontade de ser oposição ao Lula, só pra mostrar pra esse pessoal como é que deveriam fazer.








Sakosheio: - Mas fazê loposiçon a Lula de que jeito? Essa loposiçon desespelada só pode mesmo montá escândalo, nô?! Aí manda secletália que esquece da hola e data de uma leunion que nunca houve. Tem senadô que esquece o amigo que sustenta em Palis. Outlo que esquece a filha do ex-plesidente plantada sem fazê nada, só lecebendo alto salálio em casa...Tliste, nô? Fico imaginando as pautas de leunions desses camaladas...

Komila Nakova olhando ansiosa pela janela:



Alheado: - Ele, quem?

Foca: - Quem está sendo esperado com ansiedade por todos nós?!

Todos-Sem-Exceção-Em-Uníssono: - O NOSSO SUBCHEFE CHEGOU!

Komila Nakova: - Já vem subindo aí. Deve estar trazendo o material!

Two minutes later...

O Subchefe entra na sala de pauteiros. Todos-Sem-Exceção olham pra ele como se aguardassem algum pronunciamento. Silêncio tumular. O Subchefe, pausadamente, confere o olhar de cada um dos presentes. Sente a expectativa, sabe o que Todos-Sem-Exceção aguardam. Dá mais um passo e se aproxima da mesa. Todos-Sem-Exceção, respirações presas, acompanham com olhar atento o passo do Subchefe. Ele coloca um velho gravador sobre a mesa e fala:

Subchefe: - Relaxem...

Todos-Sem-Exceção voltam a respirar lentamente, recuperando o fôlego perdido...

Foca: - Isso que dizer que...

Subchefe: - Isso mesmo, conseguimos a matéria.

Todos-Sem-Exceção-Em-Uníssono: - ESSE É O NOSSO SUBCHEFE!

Subchefe: - Parem com essa palhaçada. Vamos ao que interessa. Antes de tudo, temos que agradecer ao Foca, pois foi ele quem convenceu o garçom do buffet a gravar a reunião no apartamento do Coisa Ruim.

Foca: - Não foi tão difícil, meu Subchefe. O Bandeja topou a parada porque ele ficou desempregado durante os oito anos de governo do Coisa Ruim. Aí, quando soube que estava escalado para servir na reunião da máfia, ele mesmo me procurou e se ofereceu para gravar as conversas dos mafiosos.

Paul Long: - É verdade que o Bandeja colocou esse velho gravador dentro de um travesseiro e amarrou na barriga?

Foca: - Sim, foi dessa forma que ele conseguiu tudo que nosso Subchefe tá trazendo aí...

O Subchefe senta-se à mesa, ajeita o velho gravador e coloca o dedo no botão “on”...



Subchefe: - Quero silêncio, ouçam com atenção – aperta “on”.

Sonoplastia PressAA: Chiiiii...

O som que ressoa pela sala de pauteiros não é lá dos melhores, mas dá para entender o que os mafiosos estão falando:

Coisa Ruim: - E agora? O que é que vamos inventar?

Bob Cynical: - Não me façam inventar mais nada. Cansei.

Coisa Ruim: - Essa do movimento "cansei” não colou! Vamos partir para alguma coisa mais original.

Cold Jr: - Chama aí a Dona Zilda. Fala pra ela ir bolando um escândalo bem escabroso, mas dessa vez vê se confere a idéia direito que é pra bomba não estourar no nosso colo.

Meskiño: - E fala também pra ela escolher uma secretária mais esperta, que saiba o que estava fazendo, a que hora, dia, mês e ano.

Sewerage Sistem: - Dessa vez eu mesmo quero redigir o enredo da matéria.

Bob Cynical: Olha, a coisa não está pra brincadeira. Tem que saber enredar mesmo! Porque, se continuar assim, demito todo mundo e chamo o Roberto Jefferson outra vez!

Sewerage Sistem: - Não, chefe! O Jefferson, não! Se for pra aguentar o Jefferson mais uma vez, prefiro prestar assessoria ao PV. Vou fazer campanha pra Marina.

Peter Saimon: - Marina Silva é o Lula melhorado!

Coisa Ruim: - Pra mim, é um Gabeira piorado...

Cold Jr.: - Vocês souberam que a International Federation of Journalists condenou o controle dos EUA sobre a imprensa no Afeganistão? Deu no Comunique-se!

Bob Cynical: - Isso não tem a menor importância. O que importa é que não condenaram nossas práticas aqui no Brasil...

Yankee: - Mim gostar muito do Suplicy, ele fazer um bom trabalho para peessedebê e demo. Fazer muitos anos que ele estar infiltrado no PT e só agora petistas desconfiar... Muito good, fine, right, satisfactory, o trrrabalho do agente Supla!

Sewerage Sistem: - O Suplicy não vai anunciar a saída do PT?! O Arns está infiltrado faz um bom tempo, mas agora diz que não aguenta mais, não tem mais como dissimular... Já anunciou a saída. Estamos com as matérias prontas há mais de um ano, só esperando a atitude dele...

Coisa Ruim – Deixa o Supla lá, o ridículo que ele apronta, de vez em quando, faz cócegas na classe média...

Sonoplastia PressAA: Ssskraashiiik!!! Oink! Breeeklik! Flopt... Flopt... Flopt...

Foca: - Ih! O velho Phil pifou!

Subchefe:- Não tem problema, já temos o suficiente para a próxima edição. Está encerrada a reunião...










Goober: Relinchiiii! Bruuuff! (Tradução: "Ei! Esperem um pouco! Vejam o que encontrei nos meus voos pelo universo googleriano...")


* * *

Reunião do dia 22/8/2009

Quando o Subchefe estacionou a bicicleta em frente à redação hoje pela manhã, deu de cara com o movimento paredista dos periodistas da PressAA.

A turba descia a ladeira gritando palavras de ordem...


Periodistas-da-PressAA-em-uníssono: "PERIODISTAS UNIDOS JAMAIS SERÃO CORROMPIDOS!"

Subchefe: - Ei, vocês aí! Que droga vocês estão fazendo?!

Foca: - Desculpaí, meu Subchefe, o senhor me conhece e deve saber que eu tô nessa só pra não me chamarem de fura-greve, sabe muito bem que eu preferia tá lá dentro, na sala de reunião de pauteiros...

Subchefe: - Mas eu não estou entendendo o motivo dessa greve. Afinal, faz apenas dois meses que nós pagamos o salário de janeiro...

Lucmarco: - Deixa que eu explico! Negócio é o seguinte, meu caro Sub, nossa greve não é por salários... Estamos protestando contra os barões da mídia!

Subchefe: Dá pra explicar essa coisa?!

Lucmarco: - Veja com esses seus próprios olhos que só enxergam sacanagem:


Jornalismo declaratório, fortemente influenciado pelas intenções do editor
http://www.bluebus.com.br/show/2/92070/jornalismo_declaratorio_fortemente_influenciado_pelas_intencoes_do_editor

Subchefe: - Ora, parem com essa bobeira de paredismo pra cima da PressAA, vocês também sabem que aqui a liberdade de expressão é ampla, geral e irrestrita!

Foca:- Isso mesmo! o Subchefe tem razão, vamos entrar e trabalhar.

Foi o suficiente para arrefecer os ânimos exaltados. O pessoal largou faixas e bandeiras no meio da rua, e todos foram para a sala de reunião de pauteiros...


Rodolphodheu: - Bom, já que estamos aqui, vamos trabalhar. Pra começar, vejam essa...

Globo X Record: uma guerra privada com armas públicas

A Globo, por sua vez, ataca o sistema nervoso da segunda maior emissora, os incontáveis problemas da Igreja Universal do Reino de Deus.

Não está acreditando?! Então leia aí, ó, na..





Basta clicar...
http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=correio&idcorr=63

Maurício Vieira de Andrade e sua amada companheira Meryhellen Belle:







- A República Vermelha publicou artigo de Gilson Caroni. Olha só essa amostra grátis:

Grande imprensa, subtexto do serrismo

Novamente, como costuma fazer em ano pré-eleitoral, a imprensa decreta que o Partido dos Trabalhadores está em crise, dividido irremediavelmente, com sua direção nacional politicamente aniquilada, envolvida em negociações “não republicanas", colidindo frontalmente com os valores morais aceitos pela opinião pública. Os editoriais não deixam dúvida: o quadro escuro ficou mais negro e a crise mais ameaçadora. A Cassandra midiática implora a Príamo que destrua o cavalo de madeira para salvar Tróia.

Tal como em 2005, os jornalões repetem a ladainha: o partido está acabado, nele não resta mais nenhum espírito transformador, nenhum impulso vital, nenhum princípio a defender. Ao trocar a luta social pelo poder de Estado, fortaleceu um aparato de dominação que impediu o renascimento do político sob novas práticas. O poder, por si só, sem o pulsar dialético de fins e meios, levou ao pragmatismo fisiológico e ao bolchevismo patrimonialista. É a opinião de Serra transmutada em certeza editorial.

Para ler tudo, aí está o link...
http://republicavermelha.blogspot.com/2009/08/grande-imprensa-subtexto-do-serrismo.html

Nanda Tardin: - Vejam isso...




OEA a serviço dos EUA para enfraquecer a UNASUR e sabotar a integração de NUESTRA AMERICA?
Sexta-feira, 21 de Agosto de 2009

Vamos ver na segunda-feira, mas também achamos que o GOLPE é para estancar a UNASUR e a integração de NUESTRA AMERICA

Honduras-EUA: Como darse un tiro en un piePublicado el 8/21/2009 01:20:00 AM, tema Artículos, Golpe de Estado
Por Max Lesnik *
http://www.voltairenet.org/article161564.html

¿Cuál es la implicación de EUA y más precisamente de la administración de Barack Obama en el golpe de Estado en Honduras? He aquí la opinión de nuestro colega Max Lesnik desde Miami.

Vão lá, leiam tudo, o link taí.

Adriana Tasca: - Vou repassar isso aqui da Célia:






Toda terça-feira a partir das 21 Hs, ao vivo, no site www.justtv.com.br , temos um encontro marcado para um bate-papo informativo, musical, cultural e divertido.
Com uma proposta estética diferente e produção e direção de Celia Coev (ex-produtora e diretora do "Loucuras do Alexandrelli"), o programa conta com uma equipe de apresentadores e colaboradores e, entre eles, as presenças especiais de Fernando Sanini e Marcio Cavalcanti.
No dia 25/08, próxima terça-feira, o "Talk Show" recebe para um papo Jonas Sant'anna e Joka da Silva falando sobre o Fim do Mundo, e a animação fica por conta da Banda Blues Riders, lançando o CD "A Sagrada Seita do Rock'n Roll".

Maiores informações sobre a equipe de colaboradores e apresentadores, quadros a serem implantados no programa, eventos especiais, promoções, patrocinadores e apoiadores do programa etc, podem ser obtidas a partir de Setembro em:
Comunidade Oficial no Orkut - http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=40153994 Página no YouTube - http://www.youtube.com/talkshownatv
Multiply - http://talkshownatv.multiply.com/
EM BREVE NO WORDPRESS!!!
Nos prestigie com sua audiência e participe ativamente do programa enviando mensagens ao vivo ou sugerindo pautas!!!! Temos um encontro marcado na próxima terça-feira, não vai esquecer!!! visualizar o perfil de Celia: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=3998777851448797466&mt=2

Foca: - Pessoal, olha, vou logo avisando, isso num é puxa-saquismo, não, mas eu num posso deixar de postar o boletim do deputado Vaccarezza, afinal o homem vem sempre aqui na nossa agência e até já colaborou com um artigo. Vejam o que ele nos enviou...


Desemprego cai pelo 4º mês seguido e fica na menor taxa para julho desde 2002

A taxa de desemprego caiu pelo quarto mês seguido em julho e ficou em 8% da população economicamente ativa. Em junho, o índice foi de 8,1%.

É a menor taxa desde dezembro de 2008 e também a mais baixa para meses de julho desde 2002 quando foi iniciada a pesquisa mensal de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que é realizada em seis regiões metropolitanas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre. Leia mais...

PT-SP reafirma investimentos do governo Lula em obras no estado

Diferentemente do que tem afirmado o Governador José Serra através da imprensa, houve sim investimentos da União nas obras de expansão da Linha 2 Verde do Metrô, da ordem de R$ 229, 5 milhões – conforme pode ser verificado no próprio Relatório da Administração – 2008 – da Companhia do Metropolitano de São Paulo (conheça o relatório completo no site da empresa).

O Diretório Estadual do PT de São Paulo divulgou nota à imprensa onde reafirma relatório do próprio Metrô, com investimentos de R$ 229,5 milhões do governo federal.

Para ler a íntegra das notas clique aqui...
http://vaccarezza.com.br/


Subchefe: - Puxa-saco?! Você?! Nunca! Jamais! Todos aqui são testemunhas que você, meu fiel escudeiro, nunca puxou o saco de ninguém!

Foca: - Meu Subchefe é demais!

Negrinho do Pastoreio:- Tá tudo muito bom! Tá tudo muito bem! mas eu quero ver se vocês têm peito pra encarar essa...

Nunca houve tantos escravos como na atualidade, diz pesquisador


Haiti tem cerca de 300 mil crianças escravizadas
Estimativas apontam que haja entre 12 milhões e 27 milhões de escravos, conta o jornalista Benjamin Skinner. Brasil, um dos últimos países a abolir formalmente a escravidão, é um dos mais proativos no combate ao tráfico.
Na noite de 22 para 23 de agosto de 1791, a ilha de Santo Domingo (hoje Haiti e República Dominicana) assistiu ao começo de uma insurreição que teria um papel decisivo na abolição do tráfico transatlântico de escravos. Hoje, o 23 de agosto é comemorado pela Unesco como o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição.

Sobre este assunto, a Deutsche Welle entrevistou o jornalista norte-americano Benjamin Skinner, autor do livro A Crime So Monstrous: Face-To-Face with Modern-Day Slavery (Um crime tão monstruoso: face a face com a escravidão hoje). O professor do Carr Center for Human Rights Policy da Harvard Kennedy School adverte que escravos hoje são muito mais baratos do que em qualquer outro momento da história da humanidade.

Deutsche Welle: A escravidão é um fato do passado?

Benjamin Skinner: Com certeza, não. Embora existam mais de 300 tratados internacionais e mais de uma dúzia de convenções universais exigindo o fim da escravidão e do comércio de escravos, este ainda é um problema que desafia o mundo moderno. Pessoas e nações presumem que a lei seja suficiente para erradicar o comércio, mas não é. A abolição legal é um primeiro passo necessário, mas a abolição real requer a aplicação rigorosa dessa lei para perseguir os traficantes e proteger e reabilitar as vítimas.

Leiam entrevista completa, leiam! Taí, ó, o link, o Goober leva vocês até o Deutsche Welle...
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4589344,00.html

Subchefe: - Por hoje basta. Tá encerrada a reunião

Foca: - Depois de dez rodadas de chope no Barbacão, eu volto aqui e vou ler a indicação do Negrinho do Pastoreio...

* * *

Reunião do dia 17/8/2009

Subchefe: - Bom dia.

TODOS-SEM-EXCEÇÃO-EM-UNÍSSONO: BOM DIA, QUERIDO SUBCHEFE!

Subchefe: - Como passaram o final de semana? Divertiram-se bastante?

Goober: - Brruuufff... (tradução: "Se você chama o que fizemos de diversão, então...)

Komila Nakova: - Eu bem que me diverti. inclusive estive no Letteri Café. Uau! você precisa ir lá, meu Subchefe. Te dou um convite especial. Se quiser, é só montar no lombo do Goober.

Subchefe:- Vou na garupa, agarrado na sua cintura. Topa?

Komila: - Se você não falar nada pro Fernando, topo. Vamos lá agora mesmo...

Subchefe: Agora, não. Dá um tempo, o pessoal tem um bocado de coisa pra mostrar. Segura aí..

Gilda
- Deixa eu dar meu recado, estou de saída.




A próxima reunião do Fórum Permanente de Direitos Humanos da EMERJ (Escola da Magistratura do Estado do Rio de Haneiro) ocorrerá no próximo dia 26, no Auditório da EMERJ, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o professor, poeta e filósofo Ricardo Máximo irá proferir palestra entitulada "Ética, Eros e Direitos Humanos". Ricardo Máximo, exilado político durante a ditadura militar, formou-se na França e foi aluno, dentre outros, de Michel Löwy, Giles Deleuze e François Chatelet. Não deixe de comparecer. Participe também da Comunidade Fórum Direitos Humanos - EMER

Pronto, tá dado o recado, vocês que ficam, beijos!

Contrarregra atualizado pelo novo acordo ortográfico: SPLASH!!!

VERACARIOCA SALGUEIRO PT VASCO
- Gente, eu só vim aqui pra deixar esse convite:"MEU ANIVERSÁRIO!"
Data: 22/08/09 22:00
Endereço: Rua Silva Teles
Paraí, Gilda, tou saindo também, me dá carona...

Nanda Tardin: - Tô com eles, os Fernandos e a Esquerda Marxista do PT. DOBRANDO A ESQUERDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Juntos somos fortes

Acessem ao site do Jornal Luta de Classes da Esquerda Marxista: http://www.marxismo.org.br/
Hasta la vitória, JUNTOS SOMOS FORTES. Somos a base da piramide, 180 milhoes de brasileiro, só falta fazermos uso dessa força e assim evitar que o topo nos manipule.
Bjs

Max Nômade - Acho que tá todo mundo atarefado, eu também só quero mandar essa e tchau!:

Dalva Umuarama




- Bom, eu tinha muita coisa pra falar, mas vou respeitar o tempo de cada um que é só de alguns segundos.

Vejam os gols de sábado na Séria A e B do Brasileirão
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1268695-10406,00-VEJA+OS+GOLS+DE+SABADO+NA+SERIA+A+E+B+DO+BRASILEIRAO.html

Confira os jogos e a classificação da Série A
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Futebol/Classificacao/0,,ESP0-9827,00.html

Confira os jogos e a classificação da Série B
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Futebol/Classificacao/0,,ESP0-9828,00.html

Confira os jogos e a classificação da Série B
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Futebol/Classificacao/0,,ESP0-15015,00.html

Ah! Tem mais essa:

Revisão da lei de drogas pode liberar plantio de maconha


Proposta polêmica é estudada pelo deputado federal Paulo Teixeira, do PT, no projeto de revisão da Lei Antidrogas, que vai ao Congresso. Uso e porte de pequenas quantidades do entorpecente podem deixar de ser crime

http://www.jt.com.br/editorias/2009/08/16/ger-1.94.4.20090816.1.1.xml

MVMeireles e Bea (em uníssono): Lula passa por crise sem perder alta aprovação

Governo petista é avaliado como ótimo/bom por 67%

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva consegue, até o momento, atravessar a mais nova crise política nacional e manter sua popularidade entre os brasileiros no mesmo patamar.

Para 67%, seu governo é ótimo ou bom, variação dentro da margem de erro na comparação com a última pesquisa, feita em maio, quando Lula atingiu 69% de aprovação.

Segundo o instituto, 25% dos brasileiros acham o governo regular, ante 24% na última pesquisa. Para 8%, a administração do petista é ruim ou péssima; eram 6% no levantamento anterior. "O Lula conseguiu passar incólume pela crise, o Congresso, não", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Com os 67% de ótimo ou bom que registra agora, Lula está a apenas três pontos de seu recorde pessoal (70%), atingido em novembro de 2008 e que foi o melhor resultado obtido por um presidente desde que o Datafolha começou a fazer esse tipo de pesquisa, em 1990.

O presidente foi o principal fiador da permanência de José Sarney (PMDB-AP) na Presidência do Senado. Em 17 de junho, chegou a declarar que o senador não poderia ser tratado como "uma pessoa comum". Depois, amenizou o apoio público, mas manteve a sustentação ao aliado nos bastidores.\ A pesquisa mostra a dissociação entre a popularidade de Lula e a crise no Senado.

Subchefe: - Cadê o link?


MVMeireles: - Tá aí, ó...

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1608200909.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u610434.shtml

Bea: - Mas não fica só nisso, não! Tem mais, tem muito mais. Vejam:

Datafraude

"Declaro publicamente que tenho fortes motivos para acreditar que a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo é uma completa fraude".

Foca: - Quem tá dizendo isso?

Bea: - O Eduardo Guimarães. Confira...
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Jorge Correa, jornalista diplomado, na luta pela exigência do diploma para quem quiser exercer a profissão:



- Hoje eu estou inspirado, vou de Fernando Pessoa:

Poema do Amigo Aprendiz

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
É por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Dalva Umuarama: - Tem mais uma aqui, a mais importante:

CRMPR desmente boatos sobre a gripe pandêmica em internet
Empenhado em contribuir com informações abalizadas sobre a gripe, o Conselho Regional de Medicina do Paraná esclarece que, até o momento, não há confirmação oficial sobre a morte de profissionais médicos vítimas de Influenza A (H1N1) pandêmica no Paraná. As entidades médicas do Estado estão engajadas no sentido de repassar informações precisas sobre a doença.

O CRMPR também orienta para que os médicos e toda população enfrente a Influenza A (H1N1) pandêmica com seriedade, não divulgando informações de fontes desconhecidas. O pedido é para que as pessoas consultem e repassem apenas informações publicadas por órgãos oficiais, evitando que se crie pânico. Causar alarme não ajuda a combater a pandemia. Sobre a disseminação de boatos via e-mail a respeito do fechamento do comércio, principalmente na cidade de Curitiba, o CRMPR ressalta que não há evidência de necessidade para que tal medida seja adotada.

Pelo fato de estarem sendo encaminhados falsos e-mails sobre a gripe pandêmica, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná(HC/UFPR) e a operadora de saúde Unimed Curitibaemitiram notas sobre as inverdades de e-mails.

Além disso, alguns e-mails sobre a gripe A também podem contaminar o computador com vírus. Em seu site, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que não envia e-mails sobre a prevenção da doença. A mensagem intitulada “Campanha para prevenção contra Gripe A H1N1 (Suína)” é falsa e pode causar danos nas máquinas dos destinatários.

Os dirigentes do conselho de classe têm participado de reuniões com gestores públicos solicitando que a rede de serviços de saúde pública ou privada proporcio ne os meios necessários para o desempenho ético e seguro da Medicina e dos demais profissionais da área da saúde, para que todos tenham condições apropriadas (estruturais, equipamentos de proteção individual e recursos humanos) para o atendimento. Isto possibilitará conseqüente melhora na assistência à população.

PauloD Seja-Lá-Donde-For abre um classificador de cartolina, tira um maço de papel e joga sobre a mesa:









Subchefe: - Pra mim, chega!

Foca: - Inda bem! Tô querendo ir ao banheiro.

Subchefe: - Komila, tá de pé aquela visita ao Letteri Café?

Komila Nakova: - Claro, meu Subchefe! Vem, monta aqui na garupa do Goober, segura firme na minha cintura e vamos lá... Mas tá avisado: não fala nada pro Fernando...







http://www.letteri.blogger.com.br/index.html

* * *


Reunião de 11 a 13/8/2009








Sabrininha, nossa correspondente orkuteira e membro da equipe REPÚBLICA VERMELHA, chegou um pouco atrasada, mas chegou, pra nossa reunião.


Ela veio com essa bomba!

PSDB já negocia com Sarney com medo de denuncias !

Enviado por Ricardo Noblat - 11.8.2009 6h43m
DEU EM O ESTADO DE S.PAULO
Acordo para inocentar Sarney e Virgílio

Renan e Sérgio Guerra dizem que guerra de representações no Conselho de Ética não interessa a ninguém

De Vera Rosa e Christiane Samarco:

O governo e os principais líderes aliados e da oposição já trabalham abertamente em favor de um "acordão" entre o PMDB e o PSDB para resolver a crise no Senado. Mesmo considerada difícil, a saída política para o impasse começou a ser construída ontem por interlocutores de peso dos dois partidos, na tentativa de salvar tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).

Em conversas reservadas, porém, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deram a senha para a trégua: pediram que os tucanos não ponham mais combustível na crise, se não quiserem ver o PMDB esticar novamente a corda.

Os principais articuladores da negociação são os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR); do PMDB, Renan Calheiros (AL); do PT, Aloízio Mercadante (SP), e o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Nem todos, porém, têm falado a mesma língua e há estocadas de parte a parte.

Os recursos impetrados ontem no Conselho de Ética por Virgílio e pelo líder do PSOL, José Nery (PA), com o intuito de reabrir as representações contra Sarney, já estavam previstos. Na prática, porém, a oposição não tem votos para aprová-los, a não ser com a ajuda do PT. Leia mais em: Planalto e líderes tentam acordo para inocentar Sarney e Virgílio.

Subchefe: - Olha, Sabrininha, a nota é boa, mas num confio muito na fonte venenosa. De qualquer forma, deixaí pro pessoal ver...

Começo da reunião no dia 11...


Subchefe: - Bom, vamos dar um tempo nesse asssunto da corruptália do Senado, já tem muita gente tratando disso.

Foca: - Inda bem! Eu já num guentava mais ver a cara da canalha...

GR - O que temos aí?

Negroyepezrivas: - Mira esta acá: USA: EL IMPERIO DEL MAL !!! Para: Nanda Tardín/BRASIL , Fernando Soares/BRASIL, Mario Mendoza/CAMARADA , Maria-Paulina Naranjo-COLEGA, Pavel Eguez, Inés Garzón-Gueera/COMITE-SOL.-CUBA", Fátima Campos-ABA, Helle Santos-BRASIL , Daniel Marxismo-BRASIL , Caio Dezorzi, Contato Marxismo/BRASIL, Edna Magalhaes-BRASIL , ELENA TAVARES , Ovidio Peña-Peña-VENEZUELA , Radio Habana/CUBA , Antonio Bravo-Zambrazo/GALÁPAGOS, Braulio-José Álvarez-VENEZUELA ...

Foca: - Ih, Negão! Tem pra mais de um caminhão de gente, num vai dar, é muito trabalho...

Severino: - Meu Subchefe, vou lhe dizer uma coisa, se o Negão postar tudo isso e mais o que tem no cesto despacho, vai encher a caixa de correspondência da portaria...

Subchefe: - Tá bem, chega, Negão, depois a gente posta o restante...

Alex: - SAMBA NO PÉ DO CHAPÉU RECEBE ADILSON BISPO dia 13/08/09 20:00, Rua Riachuelo, 125 - Centro RJ

Subchefe: - Boa, muito boa!

Sameh Habeeb: - The Palestine Telegraph: Gaza's Lost Memories by Najwa Sheikh Link us to your website: http://www.paltelegraph.com/, we will link you too!

Subchefe: - Num entendi bulhufas! Além disso a Komila e o Goober estão em missão especial, a gente nem vai poder traduzir, em todo caso, manda essa, pois vem de gente de confiança nossa...

MCC: - Caso Alstom e os tucanos. Empresário liga propina ao comando da Alstom. Romeu Pinto Jr. diz que "offshore" foi aberta por diretor que chegou a vice da multinacional MCA Uruguay, representada pelo empresário, era usada, segundo o Ministério Público suíço, para trazer dinheiro da Europa para o Brasil...

Foca: - Acho que essa aí bastava mandar o link.

MCC: - Tudo bem, indico logo dois, taí, ó... http://por1novobrasil.blogspot.com/ http://dilma13.blogspot.com/

GR: - Bar do Alemão tem nova programação.

Subchefe: - Já tá no blog do nosso Editor-AA-Chefe, http://assazatroz.blogspot.com/

Foca: - Que que você tem aí, Adotela?

Adotela: - Ó...



TODOS-SEM-EXCEÇÃO-EM-UNÍSSONO: - CARAI!!! QUE LEGAL!!!

Marina da Glória: - Mandaram outra aqui, mas num tem endereço do local do show...

Subchefe: - Deixa eu ver.

Marina da Glória: - Taí, ó...


Foca: - Pelo código de área, 71, é em Salvador.

Subchefe: - Ó paí, ó, como ele tá ficando porreta de sabido!

Zé Cinzento: - O blog do João Villaverde tá falando d'O Biscoito Fino e a Massa...

Subchefe: - Isso é bom, esse negócio de blogosfera tá bombando! Mande o link...

Zé Cinzento: - http://joaovillaverde.blogspot.com/ , pronto, é só clicar.

Bob Gayfu: - Semana passada, falando no Center for Strategic and International Studies, o CSIS em Washington, John Brennan, principal conselheiro da Casa Branca para assuntos de terrorismo, apresentou as linhas gerais da nova estratégia de contra-terrorismo do governo Obama.

Subchefe: - Tô sabendo, dizem que a palestra atraiu várias centenas de interessados para a sala de conferências no sub-solo do CSIS.

Colectivy: - Eu tava lá, tive oportunidade de perguntar ao Brennan sobre as políticas dos EUA relacionadas ao Hizbóllah e ao Hamás.

Politic: - Na resposta, Brennan abriu uma fresta e deixou ver alguma coisa do que talvez seja uma nova política dos EUA em relação aos dois grupos; seus comentários provocaram muxoxos de infelicidade no Departamento de Estado.

Forró: - Vamo falá do diálogo com Brennan; depois a gente manda um trecho da sessão de perguntas-e-respostas no Departamento de Estado.

Subchefe: - Seja breve, pois hoje temos muito trabalho.

Forró: Aí vai...

Pergunta. Bom-dia, John. Sou Bob Dreyfuss, da revista The Nation. Entre a Al-Qaida e outros grupos extremistas violentos, há várias organizações, como o Hamás e o Hizbóllah, inclusive os Taliban, que parecem ser sensíveis a recursos de persuasão aos quais, disse você, a Al-Qaida não seria sensível. Essa, você disse, seria também a opinião do presidente Obama.

Já discutimos isso em outra ocasião, e você sugeriu que talvez fosse possível dialogar com os grupos Hamás e Hizbóllah, e acho que o próprio presidente Obama incluiu também os Taliban. Você poderia falar um pouco sobre como se podem desagregar esses movimentos que o governo Bush fazia tanta questão de tratar como se fossem só um objeto homogêneo, todos iguais, uma espécie de bola de sebo islamo-fascista. Peço-lhe que comente como poderíamos lidar, talvez, com alguns desses grupos, e se é realmente prudente iniciar conversações com eles agora.

MR. BRENNAN: Bem, os dois casos que você cita, Hamás e Hizbóllah, são casos interessantes a serem examinados. O Hizbóllah nasceu como organização terrorista típica no início dos anos 80 e passou por várias transformações ao longo do tempo. Hoje, tem deputados eleitos para o Parlamento, participa da coalizão de governo; reúne advogados, médicos outros, todos membros da organização do Hizbóllah.

Contudo, internamente, o Hizbóllah continua a ter um núcleo terrorista. Deve-se esperar que os elementos da comunidade xiita libanesa e, em geral, elementos internos do próprio Hizbóllah continuem a considerar esse núcleo terrorista como anátema em face do que estão tentando ser, quero dizer, parte do processo político no Líbano. Até aqui, digo-o sinceramente, fico muito satisfeito de ver que muitos membros do Hizbóllah, individualmente considerados, estão de fato abjurando o terrorismo e a violência, em nome de ganhar direitos legítimos de participação no processo político.

O Hamás, por sua vez, começou como organização social dedicada a prover condições de bem-estar social ao povo palestino, sobretudo em Gaza. Depois, se desenvolveu um elemento extremista e terrorista o qual, na minha opinião, deslegitimou o Hamás aos olhos de muitos, tanto na comunidade internacional quanto, também, nos territórios ocupados. O fato de o Hamás continuar a praticar atos de violência e terrorismo é algo que os palestinos, na minha opinião, têm de continuar a dizer aos líderes do Hamás que não os ajudará a obter o que os palestinos realmente desejam: um Estado palestino, ao lado do Estado de Israel.

Nesse sentido, você tem razão: há, sim, várias organizações diferentes, com diferentes dimensões políticas e com diferentes traços de terrorismo. Infelizmente, é a dimensão terrorista que há em todos esses movimentos – como destaquei na minha fala –, que limita todas as aspirações populares. Há um movimento xiita marginal no Líbano, que o Hizbóllah aspira a representar. Mas o fazem de modo distorcido, corrupto. Agindo como agem, pela violência, não conseguirão alcançar as aspirações dos xiitas – e, nisso, assemelham-se ao Hamás. Minha opinião é que as aspirações populares são legítimas e têm de ser alcançadas; mas isso não se fará mediante uma agenda terrorista.

PERGUNTA. Nesse caso, fazemos o quê? Qual o papel dos EUA?

MR. BRENNAN: Minha opinião é que, até aqui, demonstramos ao Líbano e aos palestinos que os EUA queremos nos engajar e buscamos o diálogo com todas as organizações ou grupos que trabalhem, de fato, com vistas a encontrar soluções pacíficas para os problemas existentes. Entendo que esses elementos no Líbano, sejam o Hizbóllah ou outros, sabem que os EUA tentaram ser mediador honesto naquele contexto, oferecendo apoio às instituições libanesas.

O mesmo, na comunidade palestina – os palestinos que realmente se dediquem a buscar um caminho para a paz, e que não pratiquem o terrorismo, esses, sim, serão parceiros dos EUA.

De fato, como lembrei na pergunta que fiz, Brennan havia-me dito (antes de assumir seu novo posto no governo Obama, mas já como principal conselheiro de Obama para questões de inteligência) que a solução mais certa é, sim, conversar com o Hamás e o Hizbóllah. Na resposta que me deu, no CSIS, ele evidentemente não foi tão claro, mas deixou sugerido que as duas organizações podem ser persuadidas a desistir da violência para alcançar seus objetivos; se fizerem isso, os EUA, sim, estão abertos ao diálogo.

Bob Gayfu: - Os comentários de Brennan sobre o Hizbóllah levaram o Departamento de Estado a negar que haja qualquer mudança nas políticas dos EUA, apesar de Brennan ter falado em 'duas alas' do Hizbóllah, uma ala política e uma ala militar. A seguir, trechos transcritos do briefing do Departamento de Estado, na 6ª-feira:

Pergunta: O principal conselheiro do presidente Obama para temas de contra-terrorismo, John Brennan, disse ontem que Hizbóllah nasceu como organização terrorista típica no início dos anos 80 e passou por várias transformações ao longo do tempo. E acrescentou que "fico muito satisfeito de ver que muitos membros do Hizbóllah, individualmente considerados, estão de fato abjurando o terrorismo e a violência, em nome de ganhar direitos legítimos de participação no processo político". O senhor pode comentar essa questão? O Departamento de Estado alterou sua política para o Hizbóllah e começou a trabalhar com alguma diferenciação entre uma ala política e uma ala militar do Hizbóllah?

MR. WOOD: Sejamos bem claros: o Hizbóllah é organização terrorista. A política dos EUA em relação ao Hizbóllah não foi alterada. Não há qualquer distinção entre ala política e ala militar. Nossa política é clara. Até que o Hizbóllah decida mudar e pare de executar atos de terrorismo e outros atos que provocam instabilidade na Região, não há razão para alterar nossa política.

Subchefe: - Carai! Assim é foda, é muito trabalho, mas já que começou, termina...

CPT: - Deixa cumigo1

Pergunta: Que diferença há entre isso e o que Mr. Brennan disse?

MR. WOOD: Bem, não li a transcrição da fala de Mr. Brennan. Só posso falar sobre a política dos EUA em relação ao Hizbóllah.

Pergunta: Mr. Brennan deu a impressão de distinguir alguns elementos moderados que poderiam já estar em processo de mudança também lá.

MR. WOOD: Ainda teremos de ver se há ou não. Se estão mudando ou não. Não sou especialista em Hizbóllah nem nos desenvolvimentos internos daquela organização terrorista. O que lhe posso dizer é que nossa política não mudou.

Pergunta: Não há dúvida de que Mr. Brennan vê alguma diferença entre duas alas: os políticos e os terroristas.

MR. WOOD: Bem, nossa política, a política do governo dos EUA, permanece inalterada em relação a... – Não li a transcrição, mas não há dúvidas de que ele não disse que os EUA estabelecem alguma distinção clara entre essas alas de que você fala, porque não fazemos qualquer distinção desse tipo.

Pergunta: Mas não há dúvidas de que se está abrindo uma fresta para a possibilidade de que, se alguns membros do Hizbóllah desistirem das vias violentas, os EUA negociarão com eles.

MR. WOOD: Outra vez, nada lhe posso dizer sem ler a transcrição, quero dizer.. É como se estivéssemos especulando sobre o que aconteceria se o Hizbóllah fizer isso ou aquilo. Mas o Hizbóllah não fez nem isso nem aquilo. Continua a ser uma força de instabilização na Região. Portanto, nossa política não mudou.

Pergunta: O senhor tem certeza de que não há diferença de opiniões entre a Casa Branca e o Departamento de Estado nesse assunto? Porque quem falou é um dos principais conselheiros do presidente Obama, quero dizer... Pode estar acontecendo de alguns membros do Hizbóllah estarem mudando de tom. E ele pode ter visto aí uma fresta, um sinal estimulante.

MR. WOOD: Outra vez... Só posso repetir que nossa política é muito clara em relação ao Hizbóllah. A questão de se há ou não há pessoas dentro daquela organização que tenham modos diferentes de ver as coisas, que estariam mudando de opinião... sim, é claro que isso é possível. Nada sei sobre isso. Em termos de como vemos o Hizbóllah, como organização, continua classificado como Organização Terrorista Estrangeira. E é, como eu já disse, um fator de instabilidade na Região. E nossa política não mudou.

Subchefe: - Pra mim, chega de trabalho por hoje... Ah! ia esquecendo, onde é que se pode ler isso aí? Tem algum link?

CPT - Só para o original em inglês.

Subchefe: - Vai, manda assim mesmo!



http://www.thenation.com/blogs/dreyfuss/460718/white_house_opening_to_hezbollah_hamas

Subchefe: - Tô morrendo de sede!

Foca: - Acabou o scotch...

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Reunião do dia 7/8/2009


O Foca chama a atenção dos demais membros da sala de pauteiros, aponta para a televisão, sontonizada na TV Senado e fala:













- Olha lá, gente, o Renan Canalheiros e o Tasso Jeguereissai tão armando o maior barraco no plenário do Senado...


Tasso Jereissati: "Eu pediria, senhor presidente, duas coisas. Primeiro, que fosse dado ao senador Artur Virgilio o mesmo tempo que foi dado ao senador Renan em função das graves colocações, graves e agressivas colocações que foram ditas. Outra coisa senhor presidente, existem manifestações aqui nessa Tribuna de Honra, eu pediria que retirassem esse senhor aqui que está fazendo constantes manifestações, porque não está de acordo com o regimento."



Renan Calheiros: "A respeito da manifestação do senador Tasso Jereissati. Essas crises acontecem por isso, porque é a minoria com complexo de maioria. Quer expulsar agora um cidadão que está aqui participando de uma sessão que infelizmente é uma sessão história do Senado Federal"

Tasso: Que me desculpe senador Renan. Senador Renan, não aponte esse dedo sujo pra cima de mim! Não aponte esse dedo sujo pra cima de mim! Estou cansado de suas ameaças"

Renan:"Esse dedo sujo infelizmente é o de Vossa Excelência. São os dedos dos jatinhos que o Senado pagou"

Tasso revida: "Não aponte esse dedo sujo para cima de mim".

Tasso: "Pelo menos era com meu dinheiro. O jato é meu, não é dos seus empreiteiros."

Renan: "O dinheiro é seu?"

Tasso: "É meu, é meu, é meu, é meu! Eu tenho pra falar, tá?




(Fora do microfone) Renan: Coronel...

Tasso: Eu, coronel? Cangaceiro, cangaceiro de terceira categoria...".

Renan: "O senhor é coronel!" - Baixa o microfone e diz: "Seu merda" (relato dos senadores próximos a Renan)

Tasso: "Repete o que você disse. Decoro parlamentar, repete o que você disse"

Renan: "Não é coronel?"

Tasso: "Repita o que você disse aí"

Renan: "Me respeite"

Tasso: "Repita o que você disse aí"

Renan: "Você é minoria com complexo de maioria"

Tasso: "Repita o que você disse aí"

Renan: "Você é minoria com complexo de maioria. Me respeite"

Tasso: "Presidente, o senador Renan Calheiros acabou de quebrar o decoro parlamentar me dirigindo com palavras de baixo calão. Eu peço que seja feita uma representação sobre isso"

Renan: "Presidência, eu peço desculpas e peço para Vossa Excelência retirar da sessão de hoje que "minoria com complexo de maioria é falta de decoro parlamentar.


http://gilbertolimajornalista.blogspot.com/2009/08/renan-calheiros-e-tasso-jereissati.html


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SENADO BRASILEIRO: VERGONHA NACIONAL

Se você ainda não viu, vale a pena ver o vídeo abaixo. Senadores eleitos para legislar em benefício de seus eleitores usam o salão nobre como se fosse uma pocilga, desculpem a expressão, mas é exatamente isso.

Acusam-se mutuamente de desonestidade com o dinheiro do contribuinte e nada acontece. Sarney, o presidente da casa, ele próprio envolvido até a alma em escândalos de todo tipo, assiste a tudo impassível.

No plenário, gente como Renan e Collor, figuras nefastas da vida pública brasileira, são as estrelas do pedaço em sua estratégia de chantagear os colegas. E parece que todo mundo tem rabo preso, pois aceitam calados as ameaças. É inacreditável.

O vídeo abaixo é nojento, mas é importante que seja visto por todos os brasileiros. Não é possível que nosso eleitorado continue a mandar para o parlamento gente desclassificada como os personegens que nele aparecem

Se tiver estômago de aço, assista ao vídeo no blog da Leila.
http://leilacordeiro.blogspot.com/2009/08/noticias-desta-sexta-feira-07-08-09_07.html


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Reunião do dia 4/8/2009


O Subchefe entre na sala de pauteiros e é saudado em uníssono:













Todos-Sem-Exceção: – Bom dia, Subchefe!

Subchefe: – Parem com essa palhaçada e saiam de baixo da mesa. Temos um assunto importante para discutir. Vamos ter que economizar, pois estamos no vermelho.













Num me diga que vai acabar com o fornecimento de folha!



Por falar nisso, a Folha faz cada editorial...

Eu soube que, nas mesmas páginas em que carinhosamente chamou de ditabranda o feroz regime dos anos 60 e 70 no Brasil, a Folha de S. Paulo defendeu em editorial o fechamento da TV Brasil.

Gerente Executivo de Jornalismo:- Mas logo agora que eu ia fazer um documentário sobre os anos de chumbo!

Severino: – Por que querem fechar a portaria da tevê Brasil?


Carioca da TV Brasil: – Sustenta o jornal paulistano que, por consumir dinheiro público e ter audiência baixa, a TV deveria ser fechada.

Amante do Editor-AA-Chefe: – Mas num dizem que a própria Folha tá tendo prejuízo com encalhe assaz atroz?! Nem por isso ela fecha a si própria!

Lobão: – Então vão fechar as escolas e os hospitais públicos, pois num dão lucro nenhum!,

Imigrante:– É natural que os oligopólios não se simpatizem com a idéia de o Brasil seguir os países ricos e democráticos, que há décadas mantêm redes públicas para que a informação circule livre dos interesses empresariais.

Caetano: – Mas em qualquer lugar o que se espera de um jornal, mesmo daqueles que reduzem o cidadão à dimensão de consumidor, é respeito a quem o lê. O conceito parece subjetivo ou flexível, como o de ética. Inflexível deve ser a expectativa do leitor de que seu jornal não minta. Nem esconda verdades, o que dá no mesmo. Ou não.

Tim Maia: – Aí já é querer demais da Folha!

Ferreiro Guloso: – Dizer que a TV Brasil tem baixa audiência é correto.

Editor-Assaz-Atroz-Chefe: – Discordo. Lá em casa a TV Brasil tem 90% de audiência. Só minha mulher assiste às novelas da Globo.

Gabardines: – Surrupiar do leitor o contexto da notícia é que denuncia a intenção de transformar interesses pessoais em coletivos. Como, aliás, sempre fez a Folha ao atacar a exigência da qualificação acadêmica para jornalistas.

Foca: – A TV Brasil tem pouco mais de um ano. Por ser pública, difere dos veículos que comercializam seu conteúdo, com ou sem nota fiscal.

Anatoeconomista : – Pelo compromisso visceral com o cidadão e transparência irrenunciável de suas contas, uma empresa pública não pode contratar ou demitir ao prazer de seus gerentes, seguir apenas as leis que forem de sua conveniência ou ultrapassar limites de velocidade na compra de equipamentos ou serviços. Os controles, rigorosos, são e devem ser muitos, incluindo, evidentemente, a imprensa.

Vanguardista: – A TV Brasil é a primeira tentativa de se criar no país uma rede nacional e pública de comunicação, desvinculada de poderes comerciais ou provincianos. .

Óbvio Ululista: – A TV Brasil estará realmente montada quando concluir o árduo processo de reunir emissoras não comerciais nos 27 cantos da federação e consolidar a idéia de que o investimento na informação pública de qualidade tem retorno garantido. Não para poucos, mas para todos.

Faraó: – Não se faz algo desse tamanho em tão pouco tempo. Ainda mais onde o conceito de informação pública foi deturpado por décadas de autoritarismo e governos não-republicanos.








Exagerado: – Num duvide se a Folha tentar provar que a TV Brasil é como rádio pirata, que é capaz de derrubar avião.


Esse obscurantismo nada “brando” enfraqueceu os meios públicos de comunicação, acorrentando-os e sucateando seus equipamentos. O investimento atual, além de recuperar um patrimônio nacional, abre às comunidades e à produção audiovisual independente um canal de valorização e respeito.

É louvável o debate sobre os erros e descaminhos na construção de uma TV que, por decisão do Congresso, representante do povo, é financiada por dinheiro público. O debate deve continuar a ser feito.















Vamos debater também o financiamento de campanhas eleitorais. Sou capaz de provar que o financiamento das campanhas pelo próprio Estado fica mais barato do que essa mentira de que quem banca campanha é o candidato, do seu bolso e do bolso dos seus amigos. mentira! Eles dão com uma mão e tiram com o corpo inteiro!


Parece mas não é essa a intenção da Folha.

Num parece mas é até píor! Ali só tem gente gananciosa. Querem voltar a ter uma cadeira cativa no Planalto.





Tampouco convence a preocupação cívica do diário com os gastos públicos.

Preocupação cínica. Isso sim!

Para seguir a vocação de produzir polêmicas sem compromisso com a responsabilidade, bem que a Folha poderia lançar uma campanha contra anúncios de órgãos públicos em jornais que visam o lucro.

Entendeu o que eu tava querendo dizer?! Viu?!

O governo pouparia mais para combater a gripe do que se fechasse a única TV pública de âmbito nacional que o maior país da América Latina começa a construir, com o esforço de profissionais qualificados que a Folha desrespeitou em seu editorial.

Aliás, a Folha faz cada uma nesse editorial!

Desespero! sabem que Dilma vai se eleger e eles vão continuar na batalha de querer derrubar o governo por mais quatro anos.

Concordo.

Subchefe: - Olha aí, visitante, se você quiser se informar sobre tudo issso sem sacanagem, vou lhe dar a dica...

http://emerluis.wordpress.com/2009/08/03/a-folha-faz-cada-editorial%e2%80%a6/


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Reunião do dia 31/7/2009

Laerte Braga entrou na sala de reunião de pauteiros e, como quem está cansado de gritar aos quatro cantos do mundo sobre o perigo que corremos se deixarmos a coisa correr frouxa em Honduras, sentou-se à mesa e falou:

Laerte: – Os velhos filmes de western volta e meia mostravam cidades controladas por bandidos. Indicavam o xerife, seus auxiliares, o juiz, tinham o controle dos “negócios” e se sustentavam em operações tais como assaltos a trens, bancos e diligências.




Foca: – Num suporto saudosista! Vocês mais velhos têm mania de suspirar em cima de antigas películas. Aliás, esse negócio de “película” só me faz lembrar tratamento de beleza.

Laerte fez que não entendeu. Preferiu ignorar a bobagem do Foca.

Laerte: – Controlavam grandes extensões de terra, onde criavam gado, lucravam com a chegada das estradas de ferro e no final viravam respeitáveis senhores e senhoras, montados em montanhas de dólares, isso incluía o pastor para as orações de domingo.


Horse Face: – Esse tipo de bandido contratava legiões de pistoleiros. Os caras rápidos no gatilho eram os encarregados de manter a ordem, impedir a concorrência e assegurar que a “lei” fosse cumprida.








Wyatt Earp: – Um dos mais famosos “heróis” nesses moldes, modéstia à parte, fui eu – o famoso xerife joga sobre a mesa o pau-de-fogo e o par de esporas que usou quando montava em bandido pé de chinelo...


Freee Market: – Você foi xerife de importantes cidades dos EUA, é lendário o duelo do OK Coral, uma batalha com os rivais Clanton pelo controle dos “negócios”. Earp, você associado a Doc Holliday, aquele pistoleiro/jogador com diploma de dentista, tinha parceria no jogo, no saloon como um todo, vale dizer a prostituição, na segurança que assegurava aos rancheiros, o dono, ou donos já que formavam uma família ora literalmente, os Earp e ora o agregado Holliday. – FM mostra um catálogo com excelentes dvd’s e completa: – aceitamos quase todos os cartões de crédito.

Subchefe: – Noutros lugares, noutras plagas tinham outros nomes, outras formas de ser. Seguiam à risca o diagnóstico de Darcy Ribeiro. O mais inteligente transformava-se no rei, o mais esperto no sacerdote, um e outro através dos sinais divinos interpretados pelo sacerdote ditavam as leis, os costumes, as ordens e, por via das dúvidas, o mais boçal era investido do poder de polícia ou de militar. O homem da borduna. Nasce aí o Estado segundo dizia Darcy.

Editor-Assaz-Atroz-Chefe: – Hoje os “negócios” se diversificaram, se entrelaçaram e os bandidos travestem-se de banqueiros, empresários, latifundiários, traficantes de drogas, mulheres, de órgãos, nova modalidade de crime, uns protegidos diretamente pela lei, outros protegidos pelos protegidos pela lei. O crime organizado e o crime legalizado. Beira-mar é do organizado, Daniel Dantas do legalizado. J. Miramar, o Poty Guara, por mau exemplo, é apenas um puxa-saco.

Nanda Tardin: – Não há necessariamente golpistas no governo de Honduras, embora tenha sido dado um golpe de estado naquele país da América Central. Quadrilhas assumiram o governo e se personificam no traficante mafioso Roberto Michelletti.



Paul Long: – O país está imerso em sangue na ordem garantida e assegurada pelos “pistoleiros” de Michelletti, a síntese das quadrilhas, os tais homens encarregados de garantir a “segurança nacional”, a “soberania” e a “integridade do território hondurenho”, a “lei” a partir de seus interesses.

Sabrina Charmosa: – Vendem o que chamam de pátria, se arrostam patriotas para tentar encobrir o que são, quadrilheiros canalhas e matam a torto e a direito a quem quer que se oponha aos “negócios”. Têm o controle sobre os tribunais, sobretudo a corte suprema. Parece que tem gilmarreendes no mundo inteiro!

Foca: – Formam a elite hondurenha, igualzinha a qualquer elite. Seja ela FIESP/DASLU, seja ela moradora das mansões de Hollywood em Los Angeles, ou LA como gostam de dizer os mais “íntimos”.

Dom Heldemar: – O mundo, a maior parte dos países cristãos, ocidentais e democráticos, faz de conta que combate o golpe, se opõe à barbárie, mas sua eminência o cardeal de Honduras não concorda, tem sua parte no grande latifúndio, logo, inventam a bênção divina para a boçalidade que os caracteriza.

Tim Bope: – Vai ter que abrir o olho, não demora muito Edir, o Macedo, chega lá e enche o país de mesas de sinuca, encaçapando todas as bolas possíveis em shows montados no milagre da tecnologia sei lá de que. De bestialidade. De fotos montagens – volta-se para o Editor-Assaz-Atroz-Chefe e complete: – Nada a ver contigo, cara!

Subchefe; – Como são senhores das empresas de comunicação na imensa e esmagadora maioria dos países do mundo, na América Latina por exemplo, no Brasil para dar um destaque específico, decidem que essas realidades não serão mostradas, afinal como é que GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE MINAS, RBS, etc, etc, vão sobreviver sem o espetáculo fascinante de transformar o humano em zumbi teleguiado e com placa de validade, para o gáudio dos shoppings da vida?

Laerte: – Os que se intitulam militares e mantenedores da constituição hondurenha são como quaisquer jagunços/quadrilheiros semelhantes em outros países. A turma de 64 aqui, ou a do Pinochet no Chile, do Videla na Argentina, por exemplo.


Conselheiro: – Colocam a tropa nas ruas, os tanques, prendem, torturam, estupram mulheres, matam, mas garantem os negócios.

KI: – Israel faz isso desde que apareceu em 1948 com os palestinos.







Companheiro búlgaro-sérvio Паулу хенрикуе: – A culpa é do Irã, se não for do delegado Protógenes Queiroz. Por aqui se tem o hábito de culpar o presidente da Venezuela Hugo Chávez, um dos alvos dessas quadrilhas com sede em Wall Street/Washington.

Laerte: – Honduras está imersa num banho de sangue. A estupidez dos quadrilheiros que derrubaram o presidente Manuel Zelaya não tem limites e nem limites a falta de escrúpulos da turma. Há notícias de um manifesto de militares revoltados com o comportamento dos quadrilheiros fardados associados a elites. Não basta um manifesto. É preciso bem mais que isso contra generais ligados ao tráfico. A todos os tráficos.

Viandante: – Os resultados do golpe, do comportamento animalesco dos militares e dos policiais podem ser vistos em Honduras Urgente. E a resistência também.

Paul Long: – Contam com apoio ostensivo do governo dos EUA, se levarmos em conta que Barack Obama é tão somente um figurante nessa história toda. Não manda nem no cachorrinho que levou para a Casa Branca. E figurante por opção. De maneira deliberada. O que é bem mais vergonhoso que se possa imaginar.

Mercador: – A luta dos trabalhadores é pacífica. Resistem entre outras virtudes com a dignidade estampada nos rostos, nas mãos calejadas dos que são explorados pelos Ermírio de Moraes de lá. São iguais aos daqui.

Nanda: – Resistem. É uma luta para a qual os povos latino-americanos não podem voltar as costas. Não é uma questão de marca de tênis, ou modelo de vestido da senhora Obama, tampouco da entrevista de uma ex-BBB sobre fotos retocadas.














Fradin: – Leonardo Boff escreveu num dos seus últimos artigos que para atingirmos o consumo de cidadãos norte-americanos hoje seriam necessários pelo menos cem planetas iguais ao nosso. Nós os sustentamos. Nossas elites prostituídas e fétidas são os cúmplices.


Foca: – Querem cinco bases militares na Colômbia para melhor controlar tudo e todos. Eles querem mesmo é aumentar o preço do baseado nosso de cada dia.

Saltiagara: – Os homens da lei são os bandidos como nos antigos western. Se não são e prendem um Daniel Dantas, viram réus.

Nancyphu: – É aqui. Em Honduras. A resistência é bem mais que a um golpe. É pela sobrevivência em todos os sentidos, pela própria essência do ser humano.

Laerte: – Os que estão no poder em Honduras não são humanos. São bestas feras e entre nós existem muitos deles. Honduras é só uma ponta.

Editor-Assaz-Atroz-Chefe: – Você pode acordar na ponta de uma baioneta se não perceber as hordas que avançam sobre cada povo latino-americano. Ou tangido e moído como gado se não reagir...

Subchefe: – Pessoal, o papo tá bom mas precisamos trabalhar. Foca, o que temos pra hoje?

O Foca entrega uma xerox ao Subchefe.

Foca: – Taí, ó...

Visitante: – Deixa eu ver!


Reunião do dia 27/7/2009

Nossa correspondente no front protegida contra a gripe suína:







- Valha o que valer, aí vai matéria do Blog89, que me pareceu interessante: aí, pelo menos, alguém diz claramente que TODOS foram enrolados pela chamada 'mídia'. Depois, já que a enrolação estava consumada, cada um deu, à supermidiatização da gripe, o uso que lhe pareceu mais interessante.






- No Brasil, a doença contamina o plano moral: os jornais, os jornalistas e o jornalismo DESEJAM que haja uma horrível epidemia que mate milhões. Assim, os jornais, os jornalistas e o jornalismo dariam por PROVADO que o governo Lula não presta.





Foca

- acho que o nosso ministro da Saúde, embora seja ponderado e claro, ainda não disse com todas as letras que "a supemediatização da gripe é mais grave que a gripe".

Poderia aproveitar e lembrar as mortes que foram CAUSADAS pela supermiditização da febre amarela. Melhor, mesmo, só se ele desse os nome dos jornais e jornalistas que mataram gente, de tanto que escreveram besteiras 'jornalisticas' para 'informar' as pessoas sobre a febre amarela. Lá, como agora, os jornais, os jornalistas e o jornalismo DESEJAVAM que acontecesse uma horrível epidemia.

Rocha

- Asssim o ministro não falaria do Laboratório Roche (o que talvez não possa fazer, sei lá -- seria preciso, antes, consultar um advogado. De qquer modo, o francês-aí não fala do Laboratório Roche; fala de outros). Mas, pelo menos, o ministro falaria MAL dos jornais, dos jornalistas e do jornalismo que desgraça o Brasil-2009 .

A culpa de tudo, tudo, tudo é, sempre, sempre, sempre, dos jornais, dos jornalistas e do jornalismo que desgraça o Brasil-2009. NÃO HÁ "matéria boa" no jornalismo brasileiro: nenhuma presta. É isso.

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Danger - nosso correspondente em New York



a doença da supermediatização é mais grave que a gripe!



Pascal Riché, no Blog Rue89
http://www.rue89.com/2009/07/26/h1n1-une-surmediatisation-politique-pour-bernard-debre

Subchefe




- Para a prof. Debré, "bobagem assustar as pessoas por causa dessa 'gripezinha de nada', que não implica perigo algum."
O professor Bernard Debré, além de médico é deputado da UMP (fr. Union pour un Mouvement Populaire, União para um Movimento Popular, partido de Sarkozy) de Paris; e não pode ser chamado de 'tendencioso'. "A política do presidente Sarkozy me alegra o coração", disse aos jornais, dia 8/7 passado. Ainda assim, criticou duramente o seu próprio governo, a propósito da gripe H1N1.


Morfeu e sua parceira













ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ...
Protegido pela Umbanda




Em entrevista ao Journal du Dimanche, o prof. Debré denuncia a instrumentalização política de "uma gripezinha de nada, que não implica perigo algum" e que, do ponto de vista médico, absolutamente não justifica as centenas de milhões que o govero está gastando:
"A gripe H1N1 não é perigosa. De fato, é menos perigosa que a gripe sazonal que também está aí. Quero dizer: chega de falar de gripe!"






Kaya Mhaya



- O prof. Debré chama a atenção para a facilidade com que a gripe H1N1 está sendo 'aproximada' da gripe aviária, H5N1, que, aquela sim, é grave: "Aprendemos que os genes se redistribuem e, nessa redistribuição, podem gerar um vírus perigoso para a saúde e muito contagioso. A loteria aconteceu. Mas, por sorte, ganhamos um vírus bom, o H1N1. Temíamos um valete de paus; tiramos uma dama de copas."


"E depois? Vão desenhar infográfico de dor-de-barriga?"


Companheira de licença para tratamento de saúde

A gripe A H1N1 fez 800 mortos no mundo e, segundo os especialistas, já ultrapassou o ponto máximo de contaminação. Claro que há risco de que ocorra outra mutação. Mas os virologistas não consideram que seja risco grave.
O deputado comenta a onda de pânico: primeiro, "a OMS pos-se a gesticular e falar mais do que o necessário, com comunicados diários e excesso de declarações à imprensa". Depois, os governos, porque, afinal, as pessoas já estavam assustadas. O pior, de fato, veio depois:
"Os governos deveriam ter sabido resistir. Não resistiram à imprensa e sucumbiram a uma supermediatização política de um problema médico-epidemiológico."

Nossa correspondente em Paris

"Na França, há 800 casos. Isso é piada, não é epidemia. E depois? Vão desenhar infográfico de dor-de-barriga? (…) É inútil assustar as pessoas. O que me faz pensar que o plano seja outro. O governo francês acedeu à supermidiatização política da gripe, para poder martelar a opinião pública com coisas como: "cidadãos e cidadãs, durmam em paz, sem medo, que 'papai-Estado' vela por todos!"
100 milhões de doses de vacinas já encomendadas
Na 6ª-feira, depois de visitar hospitais em companhia da ministra da Saúde, Roselyne Bachelot, o primeiro-ministro François Fillon continuava ainda a ameaçar com o fantasma de uma catástrofe da saúde pública que estaria às portas do país, sem jamais parar de repetir que a França "está a postos" para enfrentá-la: "O número de casos confirmados continua a subir em todo o mundo. A situação é muito preocupante no hemisfério sul e na Europa. O Reino Unido é o país mais afetado, o que nos faz crer que a pandemia será inevitável."




No canal de televisão Europe-1, também respondeu às críticas: "Vivemos crise econômica já séria demais, para que o país seja paralizado por uma pandemia."


O governo foi criticado por já ter encomendado vacinas: 100 milhões de doses encomendadas pelo Estado, negócio de 700-900 milhões de euros, equivalente a 10% do buraco em que se debate a saúde pública. É aspecto que também intriga muito o deputado e médico Bernard Debré: "Não entendo por que encomendar antecipadamente 100 milhões de vacinas. O normal seria que os laboratórios trabalhassem e, depois, comprássemos a vacina que nos parecesse melhor. Já se sabe que as vacinas não estarão prontas antes de 15 de novembro. Em outras palavras, só haverá vacinas depois de o pico da contaminação já ter passado há meses."

Enquanto esperam, os laboratórios Sanofi, GSK, Novartis e Baxter preparam as 100 milhões de vacinas que, muito provavelmente, jamais serão usadas. Esses, sim, podem festejar: em tempos de restrições orçamentárias, encomendas desse tipo, feitas pelo Estado, são muito raras. Toda a operação parece ter sido feita em segredo: ninguém sabe quantas vacinas foram encomendadas a cada fabricante, nem preços, nem condições contratuais.




Goober e Komila Nakova


Vamos ler o original em francês? Siga-me...
p://www.rue89.com/2009/07/26/h1n1-une-surmediatisation-politique-pour-bernard-debre








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Reunião do dia 24/7/2009


O Globo Online: Ali bate o cotonete do aquém

Foca: - Mesmo não tendo sido com o meu amigo Paul Navarra, ri a bandeiras despregadas quando acessei o Globo Online e assisti a uma sessão de sexo explícito...

Subchefe: - Do que você está falando?

Goober: - Bruuuuuffff! (Tradução: explico por ele, sub).

Klô: - Nada disso. O assunto em pauta é sexo, portanto ninguém, aqui nessse cafofo, entende mais do que eu.

GR: - Picasso já disse coisa parecida.

Klô: - Negócio é o seguinte: montei no Goober e o foca se acomodou na garupa. Aí nós fomos navegar no universo googleriano para saber das novidades...

Foca: - Desde quando sacanagem é novidade pra você?

Klô: - Tudo na vida pode ser novidade, até mesmo ver cego fazendo filme no Pinel. Pois bem, acessamos alguns sites de sexo com travesti. O melhor foi o do mecânico e o traveco guloso.

Subchefe: - Agora está justificada a planilha de horas extras que vocês preenchem de vez em quando, para justificar o “trabalho”.

Foca: - O senhor mesmo já disse que nem tudo que reluz é ouro, mas muito do que balança cai!

Subchefe: - Deixem de nhenhenhén e vão logo pros finalmente.

Goober: - Relinch (Tradução: Falei pra eles: vumbora ver o que estão exibindo no Globo Online?)

Klô: - Quando acessamos o Globo Online, veja só o que vimos: um sujeito com um pinto do tamanho de um cotonete, na maior solitária, pra lá e pra cá, pra cima e pra baixo... kakakakakakakakaka....

Subchefe: - Num tô vendo nada demais. Segundo Picasso isso é muito natural, é como treinar para as olimpíadas, entende?

Klô: - Eu sei, sub, mas só queria agradecer a grande sacada de o Globo Online, batendo uma com cotonete. Foi muito legal! Ri a bandeiras despregadas.
Brigado, viu!
KKKKKKKK...

Subchefe: - Mas, se mal lhes pergunte, quem é o cara do lado de lá que tem uma tão pixototinha?

Klô:- Kla Kla Kla!!! KI KI KI !!!

Goober: - Ruuummmm (Tradução: http://www.youtube.com/watch?v=4zYF6Jk8B3I)

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Reunião do dia 22/7/2009


Foca: - Companheiros, hoje temos novidades. O subchefe me pediu para fazer performance de apresentador de teatro mambembe.

Fulano: - Mas, nesse caso, qual é a novidade? Eu sempre imaginei que nossa equipe fosse um teatro mambembe!

Sicrano: - O foca esta dizendo que o subchefe descobriu uma forma autêntica de começar o nosso programa.

Beltrano: - Imagino que seja mais uma dessas idéias estapafúrdias do subchefe.

Geraldo – Dessa fez não virou bagunça nem está tão monótono assim. É provável que sejamos realmente surpreendidos por mais uma dessas esquisitices do subchefe.

Foca: - Taquí, ó, o roteiro da nossa reunião.

O Foca distribui cópias mimeografadas do script a todos os membros da mesa.

Kuri Hozoastro: - A numerologia dos búzios revela que o café tira o sono, mas tem gente que não pode tomar café, se borra todo.

Meirelles: - Mas cadê o subchefe que não chega? Já é alto manhecer, e ele deveria ter avisado que ia chegar atrasado.

Foca: - Vocês são foda! Estão com o roteiro na mão mas parece que pretendem usá-lo no banheiro. Leiam!

Vandré (lendo o script): - Abracadabra, pelo de cabra! Ateus, saiam do armário!


Abrem-se as portas do armário, sai uma múmia fantasiada de subchefe.


Submúmia: - Estive nesse mausoléu durante cinco mil anos e concluí: Ateísmo e falsas simetrias são coisas dos tempos atuais.

Azambuja: - Combatem as falsas simetrias desde outubro de 2004/3/2/1... Outro dia, numa mesa de bar, tive que ouvir a velha história de que “machismo” e “feminismo” são duas coisas idênticas; de que as mulheres deveriam abandonar essa história de feminismo porque ... afinal de contas, Biscoito, sou um ser humano, mas qua não é? Olha a cascavel!

Sonoplastia PresssAA: Chooooklheeee... shiiii...

Massa de Manobra: - Todos os seres humanos! Pra frente Brasil!

GR: - Vai devagar que o santo é de bronze, e se despencar daí de cima, faz um tremendo estrago na cabeça de alguém!

Alguém: - Uma amiga querida, feminista, encarregou-se de explicar o óbvio: que o machismo é a justificativa ideológica de uma opressão milenar, que subjuga as mulheres, relega-as à condição de serventes, e que o feminismo representa a luta por uma sociedade em que todos tenhamos os mesmos direitos...

Marakangalha: - Uma sociedade em que as mulheres possam, por exemplo, legislar sobre seu próprio útero. Daí, a conversa da nossa interlocutora descambou para a discussão do racismo, onde ela de novo repetia a ladainha de que uma camisa 100% negro e uma camisa 100% branco representavam coisas igualmente reprováveis, como se não tivesse havido aquele pequeno detalhe chamado escravidão.

Foca: - Mas que coisa! Se a camiseta é “100% negra”, como é que se pode ler alguma inscrição?!

Subchefe (submúmia): Se você disser mais uma idiotice dessas, tiro os trapos e você vai se ver comigo...

Adervalá: - Está em curso uma perigosa tendência a silenciar os ateus. O argumento – calhorda, cafajeste, ignorante – é que cada vez que um ateu sai do armário, como as múmias, se assume como tal e começa, a partir dali, a articular publicamente suas razões para ser ateu, ele está repetindo, mimetizando, reproduzindo a doutrinação evangélica com a qual somos bombardeados todos os dias. Cada vez que os ateus começamos a falar publicamente sobre essa mais óbvia e razoável das escolhas vem alguém nos acusar de ... estar querendo evangelizar os outros!

Cão da raça lato-sensu: - Dá pra imaginar uma simetria mais falsa?

Idelialva - Uma pesquisa recente, da Fundação Perseu Abramo, mostra que os ateus representamos o grupo social mais discriminado socialmente. Mais que negros. mulheres, travestis, gays, lésbicas. Mais, até mesmo, que transsexuais. Eu não estou dizendo que a discriminação cotidiana que sofre, por exemplo, um ateu branco, é comparável à que sofre um negro de qualquer crença. Não é. Não é, em primeiro lugar, porque ser negro e, até certo ponto, ser gay, são coisas impossíveis de se esconder. Ser ateu, não.

Klô: - Num é bem assim não, santa! Existem milhões de pessoas que escondem o gueysmo enrustido, da mesma forma que o ateu. O gay faz por baixo dos panos o que o ateu faz quando aceita a família ir à missa. Mas o Ato falho dos ateus enrustidos é revelado no seu nervosismo, como o do gay dissimulado salta aos olhos quando ele esmurra a porta do armário, querendo sair. Mas a família não abre nem pra caralho (epa!). Em alguns casos, quando libera geral, pode observar: estão ajoelhados diante dos sagrados altares das mídias. Funciona como uma válvula de escape.

Cão da raça lato-sensu: - É verdade, Klô, é verdade. O mesmo acontece com o ateu “convicto”, a família religiosa diz pra todo mundo que tem um filho “muito inteligente”, um “intelectual”. Mas se o cara demonstrar traços de genialidade, aí o bicho pega! Expulsa o sujeito do seu convívio. Se não puderem fazer isso, tratam com indiferença. Só o consultam no banheiro, no escurinho do cinema.

Ave Maria: - Mas se você perguntar a um brasileiro em qual membro de grupo social ele não aceitaria votar de jeito nenhum, os ateus estamos, disparados, em primeiro lugar. Vivemos ainda nesse estranho regime que associa a moralidade à crença religiosa, como se existisse alguma relação entre religiosidade e comportamento moral, como se não se soubéssemos nada sobre a lambança feita pelos padres com as crianças e adolescentes – para não falar dos séculos de lambança obscurantista e anticientífica promovida pelas religiões.

San Sebastian: - Olha, eu sou muito amigo do Jorge, apesar de ele ser apenas um mito. Nós, cá dos Céus, também temos nossas afinidades, isso não quer dizer que, porque temos mais ou menos afinidade com um companheiro, a gente despreze os outros. Expedito, por exemplo, adora Jorge, pensa nele todos os dias, até o evoca para certas batalhas. Mas eu e Expedito divergimos no modus operandi. Nem por isso saímos aos tapas. Muito pelo contrário!

Mano Ferreiro: - A crítica que ouço por aí a Richard Dawkins – que ele está liderando um movimento ateu que tem caráter evangelizante, doutrinador, e que portanto ele acaba se parecendo a um crente – é de uma burrice digna de um cristão. Nós passamos séculos em que os ateus não tínhamos sequer o direito de falar na esfera pública enquanto tais. Nós vivemos num mundo onde professores são despedidos por serem ateus; adolescentes recebem suspensão na escola por serem ateus; políticos que se declaram ateus têm pouquíssimas chances de serem eleitos. Essa mais razoável e óbvia das conclusões filosóficas – a de que o mundo não foi criado por nenhum ser onipotente – ainda é motivo de perseguição severa para qualquer um que a abrace.

GR: - Apesar do caráter laico da República Federativa do Brasil, garantido na nossa constituição, as religiões ainda gozam desses estranhos privilégios: não pagam impostos, por exemplo. A pior parte é que elas podem dar palpite em absolutamente tudo -- desde o currículo escolar até o útero alheio – mas, no momento em que são questionadas, o debate é silenciado com aquele mais cretino dos argumentos, ah, tem que respeitar minha religião.

Martelo: - Inveja! Inveja! Tem muita gente com inveja do sucesso alheio. Ora, vão se roçar nas ostras! Sarava Dominus vo biscum, vade retro! (desculpe aí, Lulu, num to me referindo a você.)

Lulu: - Se fede, nenguinho reclama, se cheira, é bom pra quem tem bufunfa, “vamos nos aliar”. Mas mesmo fedendo , tem quem mergulhe na fossa. Só que não sabe o que está fazendo. Não têm idéia de quanto é difícil sair de lá. Entendam o ponto de vista do pão que o diabo amassou sobre isso, ele diz: tem que respeitar religião. Tem que acabar com essa história de que, todas vezes que apontamos a misoginia, a homofobia, os estupros de crianças, a guerra anticiência, os séculos de lambança obscurantista, sempre aparece alguém para dizer "ah, tem que respeitar minha religião" Veja bem, Martelo, as Ideias foram feitas para serem respeitadas, sim. Ideias foram feitas para serem debatidas, questionadas, copiadas, circuladas, disseminadas, combatidas e defendidas, parodiadas e criticadas. De preferência com argumentos. Seres humanos merecem respeito. Pregação contra o que seres humanos são, por sua própria essência e identidade (gênero, raça, orientação sexual) não pode ser confundida com sátira antirreligiosa. A maioria dos carolas adora confundir sátira antirreligiosa com ataque misógino ou homofóbico. Não entendem sua superstição, não sabem que isso vai muito além da mera superstição, mas não deixa de ser supertição momentânea, ou mesmo mesmo uma opção. O problema é o orgulho de assumir que no Universo a hierarquia é assim como na Terra.

Deus do Céu: - As três famílias que chamo de minhas – a sanguínea, escorrendo nas veias, a de espírito santo amoroso, mesmo que inconciente, e a da mãe e do pai de meus filhos, que são meis pais também. Aqui na Terra são elas majoritamente católicas no mundo ocidental – são testemunhas de que jamais invadi um ritual religioso deles para fazer sátira, questionar o que quer que seja ou tentar converter quem quer que seja. Quem faz mero proselitismo faz por conta própria. Claro que tempos atrás eu agi assim, mas isso passou. O ritual acontece no espaço privado – que é onde ele tem o direito constitucional de acontecer – sem que eu jamais o desrespeite. Mas isso é porque eu “respeito a religião”. Isso é porque eu os respeito como pessoas religiosas. Tenho a opção de acompanhar o ritual em silêncio ou afastar-me porque, afinal de contas, são três famílias maravilhosas: em nome delas, sobrevivo.

Subchefe: - Entendam: o debate na esfera pública são outros quinhentos. E, neste debate, nós chegamos para ficar. Ateus, saiam do armário. Sem medo. É muito melhor.

Foca: - Entendi quase tudo, mas o que Faço com esse livro sagrado?

Ave Maria: - Entrega ao Goober que ele sabe muito bem onde colocar. To subindo. Amém.

Foca: - Vai Goober, leva a escritura diabólica pros confins do universo googleriano...

Goober: - Bruuufff... (Tradução: Tudo eu! Tudo Eu!)



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http://www.idelberavelar.com/archives/2009/07/ateus_saiam_do_armario_ateismo_e_falsas_simetrias.php

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Reunião do dia 19/7/2009

Subchefe: - Foca, passa a pauta pra Palmira.

Foca:- Mira, Pal, até parece que tu tem alguma coisa a ver!

Palmira Alsal: - Nestes tempos de crise e de intensa disputa política, algumas ações recentes do movimento sindical cutista ganham relevância.

Carrilhão: - Nossa conduta tem se pautado sempre por princípios históricos que deram origem à Central Única dos Trabalhadores, mas é exatamente nos momentos de maior dificuldade que nosso papel é mais cobrado e, se respondemos à altura de nossas responsabilidades, é quando mais destaque tem.

Klau Krau: - No final do ano passado, quando não havia mais nenhuma dúvida de que a crise chegaria com intensidade ao Brasil, a CUT desempenhou com bravura sua tarefa de defender os interesses e os direitos da classe trabalhadora.

Lu Antonina: - O primeiro passo foi produzir uma plataforma de propostas, intitulada “Os Trabalhadores e Trabalhadoras não Pagarão Pela Crise”, que tem guiado nossas ações. Essas propostas foram levadas ao governo federal e ao Congresso, numa mobilização que reuniu mais de 35 mil trabalhadores em passeata por Brasília, na companhia das outras centrais, em dezembro.

Baía de Gaujará: - No início de janeiro, a CUT se opôs de forma enérgica a uma proposta da Fiesp, endossada por parte do movimento sindical não-cutista e docemente embalada pela grande mídia, de cortar salários dos trabalhadores de todos os setores, de forma indiscriminada, com o argumento chantagista de que, se assim não fosse, de outra seria, séria! Seria demissões em massa – 3 milhões de brasileiros nos quinze dias que se seguiriam, segundo os mentores do tal acordo.

GR: - Nossa oposição implodiu a proposta patronal.

Meirelles:- Começamos então uma ofensiva, em todas as regiões do país através de nossos sindicatos, para denunciar que a imensa maioria das empresas e todos os setores haviam acumulado excedente de capital nos anos de crescimento econômico e que, portanto, deveriam usar essa gordura para achar outras alternativas às demissões. Essa ofensiva incluiu centenas de paralisações e greves por todo o país, em empresas pequenas e em multinacionais, grandes mobilizações de rua e intensa panfletagem. Conseguimos barrar muitas demissões.

Pulin da Kut: - Embalados por essa mobilização de base, trabalhamos intensamente para cobrar governo e empresários a adotar medidas que protegessem os empregos e os salários, sabidamente as maiores armas para o fortalecimento do mercado interno e a consequente superação da crise.

Subchefe: - Tudo bem! Mas o que a Kut tem a ver co'as outras centrais?

Mercador: - Muitas dessas propostas, algumas até já adotadas,

MV (divagando) - Mostram resultados. Uma delas, é a de que todo o incentivo fiscal ou investimento público só sejam realizados mediante exigência explícita de manutenção do nível de emprego nas empresas ou setores beneficiados. No setor automotivo, submetido a essa exigência, estamos observando contratações e recordes de venda.

Post Office: - A mesma exigência foi estendida às fabricantes de motocicletas. Estamos cobrando que essa medida, que batizamos de contrapartidas sociais, sejam estendidas a todo o investimento produtivo com recursos públicos.

Vigilante Sany Ótari: - Falei disso outro dia, mas o que esperamos mesmo é cair a produção de BP 0km, novos e usados e abusados.

GR: - Pô, gente, dessa vez não virou bagunça, mas que tá um saco, isso ninguém pode negar.

Ninguém de Capricórnio: - Nossa postura em defesa da Petrobras e de uma nova lei do petróleo, que acabe com os leilões das jazidas, que garanta a soberania nacional sobre a camada pré-sal e que destine os recursos que dela vão se originar para políticas públicas que eliminem a dívida social do país, é outro exemplo recente de nossa luta.

Trópico de Câncer: - Nós, nossa FUP (Federação Única dos Petroleiros) e diversas entidades filiadas puxamos uma primeira grande mobilização, nas ruas do Rio de Janeiro no dia 21 de maio, que deu origem a outras 16, em grandes capitais. Um dos aspectos mais impressionantes dessa luta é a unidade com os movimentos sociais e com as principais centrais, algo que se repete nas campanhas pela reestatização da Embraer e da Vale.

Equador: - Em meio à crise, em consonância com o que já vínhamos fazendo antes, pressionamos o governo a manter o compromisso de reajustes e de reestruturações de carreira dos servidores federais, contra todas as pressões de setores conservadores e de setores do próprio governo.

Subchefe: - Tudo bem, eu me rendo às propostas decendentes de incas, aztecas e maias...Podem estar certos de que a CUT estará sempre pronta a ir às ruas, junto com os movimentos sociais, e a também ter a maturidade de saber encaminhar proposições e negociar, por isso mesmo, prefiro encerra a nossa reunião e vamos lá, mão à obra.

Da Távola Quadrada: - Só gostaria ded dizer que não tenho nada a ver com essa matéria. É essa CUT que sairá, ainda mais fortalecida na disputa pela hegemonia, do nosso 10º Congresso Nacional, que acontece de 3 a 7 de agosto, em São Paulo, com a presença de quase três mil delegados. Lá, nosso principal desafio será consolidar nossa estratégia para, nos próximos anos, construir o cenário pós-crise, em que novos instrumentos e políticas enterrem definitivamente os resquícios neoliberais não só no Brasil mas, com a unidade das esquerdas, também em nosso continente.

Foca: - Isso é tudo?então solta o Goober, e a PM pra cima deles...

http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=correio&idcorr=51

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Reunião do dia 9/7/2009

Sala de reunião de pauteiros: Saco pra mesma farinha

Dantas, BrOi, Sergio Andrade, FHC, Serra. Farinha do mesmo saco

Subchefe: Chamei vocês para uma reunião-relâmpago...

Foca: – Pô, subchefe! isso num via dar problema, não?!

Subchefe: – Como assim?!

Foca:– O senhor pode comer seu sanduba do jeito que quiser, subchefe, mas...

Subchefe: – Não estou me referindo ao sanduíche, seu demente! Estou querendo saber a que tipo de problema você se refere...

Foca: – Ah, sim! Bom, é que o Congresso acabou de regulamentar a profissão de sequestrador-relâmpago, e num ficou nada bom pros trabalhadores da área. Vai dar cadeia da grossa! Agora vai que eles descobrem que a gente tá praticando essa modalidade no jornalismo...

Subchefe: – Ora, vá se roçar nas ostras!

Foca: – Como assim?!

Subchefe: – Komila, querida, saia do colo desse demente, pois precisamos dar continuidade à nossa reunião.

GR: – Puta merda! Isso aqui ta virando bagunça!

Subchefe: – Chamei vocês aqui somente pra elogiar a equipe. Não acredito que exista em qualquer outra redação profissionais que cheguem nem aos pés de vocês! Parabéns por colocar a PressAA como a melhor no ranking de jornalistas mais incompetentes do país!

Todos-Sem-Exceção: OOOOHHH...

Fulano: – A gente num merece mas agradece!

Sicrano: – A gente num agradece mas merece!

Beltrano: – A gente num merece mas também num agradece!

Subchefe: – A questão é que o blog Papo Amolado foi rápido no copy paste e venceu o Goober no Grande Prêmio Operação Satiagraha!

Foca: – Como assim?!

Subchefe: – O Goober disse que o jornalista búlgaro-sérvio Паулу хенрикуе venceu no fotochat por uma ponta do pelo das ventas. Ele copiou e colou trechos da coluna da Revista da Mônica, que está tratando sobre o caso Daniel Dantas, o Ronald Biggs às avessas. Vejam vocês mesmos com esses olhos que só enxergam sacanagem.

O subchefe distribui cópias da postagem no Blog Papo Amolado, do jornalista búlgaro-sérvio Паулу Xенрикуе.

Câmera, em zoom, capta e enquadra detalhe da cópia nas mãos trêmulas do Foca:

Camarim – Desconhecido do grande público, Roberto Amaral, consultor do banqueiro Daniel Dantas e denunciado anteontem por formação de quadrilha, foi um dos mais influentes personagens que já circularam pelos bastidores do poder nos últimos 30 anos. Ficou célebre nos anos 80 e 90, quando dirigiu a empreiteira Andrade Gutierrez em SP e reforçou os laços com a quase totalidade do universo político brasileiro – entre outros, foi (ou é) amigo de Jânio Quadros, Zélia Cardoso de Mello, Orestes Quércia, Luiz Antônio Fleury, Fernando Henrique Cardoso e José Serra.”

Foca: Putz! Só faltou o Al Capone!

Era chamado de ‘mestre’ por PC Farias , tesoureiro da campanha de Fernando Collor em 89.

Berga: – Quem disse que esse sujeito é desconhecido do grande público? A grande minoria conhece o cara desde o Plano Cruzada Marimbônica. O Rá foi guru dos fiscais do Sarney.

Camarim 2 – Amaral acabou virando personagem do livro “Notícias do Planalto”, de Mario Sergio Conti, sobre o período Collor, porque, entre outras coisas, 'acertara com Paulo Cesar Farias as relações do Planalto com a Andrade' …”

Klô: – Isso eu já sabia. Deu até no CUBO’m.

Camarim 3 – Discreto, Amaral só virou notícia (e entrou no radar do Ministério Público) em 2001, quando publicou anúncio em jornais em que comunicava ‘a morte’ de um diretor da Andrade Gutierrez – que estava vivo. Nele, Amaral dizia que os donos da empreiteira, Gabriel e Sérgio Andrade, estavam presentes à missa do tal diretor e ‘lideraram, com fervor, o entoar de um salmo em louvor e solidariedade ao Dr Paulo Maluf e seu filho Flávio’, além de fazerem ‘penitência pedindo perdão a Orestes Quércia’. ”

Macedônia Marinha: – Fui eu quem cobriu esse caso.

Subchefe: – Pois é! Trabalharam bem, não nego, mas ontem mesmo, aqui na nossa reunião, ninguém foi capaz de dizer que a Revista da Mônica estava dando sopa com essa matéria. A gente despacharia o Goober e ontem mesmo teria tratado desse capítulo. Sem perda de tempo.

Goober: – Riiinnnchhchchch!

Foca: – O que foi que o Goober falou, subchefe?

Subchefe: – Ora, seu alheado, você sabe muito bem que só o nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe pode traduzir as relinchadas do Goober.

Foca: – Liga pra ele, Komila, pergunta o que isso quer dizer.

Komila ao telefone: – Sim, Chefe, ele relinchou “Riiinnnchhchchch!”. O que quer dizer isso em goberiano?

Voz do Editor-Assaz-Atroz-Chefe ecoando na sala:

Ele disse que o jornalista búlgaro-sérvio Паулу хенрикуе fechou a postagem no Papo Amolado dizendo: “Roberto Amaral e Sergio Andrade se reúnem, de novo, agora, na celebração da BrOi, em que Daniel Dantas recebeu um cala-a-boca de US$ 1 bilhão.
Chama o Dr Protógenes !
Chama o Dr De Grandis !
Chama o Juiz De Sanctis !
Chama o Patrick!”

Subchefe: – Vamos lá, pessoal, hora de trabalhar. Cadê o scotch?

Foca: - Montou no Goober e foi fazer uma pesquisa em Glasgow...

Copy & Paste (uníssono): – Tu num dá uma dentro, hein, Foca?!

Subchefe: – Você aí, visitante voyeur, se quiser mais sacanagem, acompanhe o Goober, ele foi por ali...

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=13705


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Reunião do dia 8/7/2009


PressAA entrevista Protógenes Satiagraha

Sala de reunião de pauteiros, o Subchefe senta-se à mesa de reunião e todos o saúdam em uníssono:

Todos-Sem-Exceção: – Bom dia, competente subchefe!

Subchefe: – Bom dia. Podem se sentar.

Foca: - Estamos todos ansiosos, meu subchefe! Aguardamos este momento com indisfarçável aflição!

Marcinha: – Confesso que não dormi essa noite!

Tocha: – Claro, eu não deixei, né, amor?!

Risosss...

Foca: - Então, subchefe, trouxe a gravação da entrevista com o delegado Protógenes?

Subchefe: – Claro, está tudo aqui.

O subchefe coloca o gravador sobre a mesa, encaixa a fita cassete e põe o indicador sobre o botão “on”. Antes de apertar, explica:

Subchefe: – Como todos aqui podem notar, um ano depois de deflagrada a Operação Satiagraha, "o Brasil se dividiu entre os que são contra Daniel Dantas e as práticas ilícitas que o envolvem e os que são a favor"; foi assim que o delegado Protógenes Satiagraha definiu o país. Ele foi o responsável pela operação da Polícia Federal que prendeu o banqueiro do Opportunity, em 8 de julho de 2008. Protógenes, nesta quarta-feira, em entrevista à PressAA, avaliou os desdobramentos das investigações conduzidas por ele, até ser afastado em 15 de julho de 2008.

Marcinha: – O Brasil de ontem não é mais o de hoje.

Foca: – Brasil: nunca mais como Dantas no castelo de Abrantas!

Subchefe: – Te segura, Foca, pare com esses trocadilhos infames!

Tocha: - No dia 8 de julho de 2008 ficou clara uma divisão do País. A maioria do povo demonstrou indignação e repulsa pelo que realmente aconteceu. Frente à tentativa de proteção ao banqueiro Daniel Dantas, frente aos instrumentos jurídicos utilizados para isto, além dos pronunciamentos públicos de pessoas importantes da República em favor do banqueiro condenado.

GR: – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou Daniel Dantas de gênio financeiro, isto é uma lástima!

Subchefe: – Protógenes Satiagraha lembrou-se disso na entrevista. E disse mais: “Dantas ataca porque não tem defesa”.

Marcinha: – À época, a PF cumpriu 24 mandados de prisão. Na ação deflagrada nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e em Brasília, foram presos, além do banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, sua irmã Verônica e seu ex-cunhado e dirigente do OPP, Carlos Rodenburg, o também diretor Arthur de Carvalho, o presidente do grupo, Dório Ferman, o especulador Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.

Tocha: – Após nova denúncia feita pelo procurador da República Rodrigo De Grandis na sexta-feira, 3, Protógenes confirma que foram mantidos "integralmente" os crimes apontados por ele enquanto comandava a operação. Afirma que o procurador foi "muito feliz" ao requisitar a instauração com urgência de três novos procedimentos, em especial o da BrOi, que, segundo o delegado, "já era para ter sido instaurado no ano passado porque requisitei que a PF prosseguisse".

Marcinha: – Hoje, afastado da Diretoria de Inteligência da PF, Protógenes afirma que não teria feito nada diferente do que fez.

Subchefe: – E acrescentou: "Muito pelo contrário. Hoje eu ampliaria, teria mais infra-estrutura para impor uma senilidade maior que o processo requer. Haja vista que a segunda denúncia saiu depois de um ano". Mas vamos ao que realmente interessa...

O subchefe aperta o botão “on” do velho gravador:

Sonoplastia PressAA: Crek

Subchefe: – Quando da deflagração, o senhor mencionou que a operação dividiria o Brasil. Dividiu? Quais são os lados dessa história?

Protógenes Satiagraha: - O Brasil de ontem não é mais o de hoje. No dia 8 de julho ficou clara uma divisão do País. A maioria do povo demonstrou indignação e repulsa ao que realmente aconteceu. Frente à tentativa de proteção ao banqueiro Daniel Dantas, frente aos instrumentos jurídicos utilizados para isto, além dos pronunciamentos públicos de pessoas importantes da República em favor do banqueiro condenado. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o chamou de gênio financeiro, isto é uma lástima. Identificado o grande esquema de corrupção destinado a desvio de riquezas do País, uns se indignam, outros se propuseram a proteger e defender a todo custo os interesses do banqueiro condenado. Isto só mostrou que as pessoas estavam vinculadas a ele.

SC – O Brasil se dividiu entre...

PS: –Os que são contra o Daniel Dantas e as práticas ilícitas que o envolvem e os que são a favor.
SC: – Em que medida a nova denúncia feita pelo procurador Rodrigo De Grandis confirma os crimes anteriormente apontados pelo senhor?

PS: – Integralmente. Inclusive o procurador foi muito feliz ao requisitar a instauração com urgência de três novos procedimentos, em especial o da BrOi, que já era para ter sido instaurado no ano passado porque eu requisitei que a PF prosseguisse, mas isto não foi feito. O MP teve grande lucidez em razão das provas coletadas que materializam e apontam a autoria de fraude e participação de várias pessoas no esquema da BrOi. Além de outros crimes que eu já apontava no meu relatório, como gestão fraudulenta que eu já tinha indiciado, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas. Eu já apontava isto e dados para incluir o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. Pedi a prisão dele porque praticou trafico de influência além de outros crimes correlatos, que provavelmente serão apontados com o aprofundamento da investigação. O procurador vai nesta linha de conduta ao requisitar nova investigação para analisar Greenhalgh e outros vinculados.

SC: – Neste período, como o senhor avalia a estratégia de defesa de Daniel Dantas e como isto se materializou na denúncia do Ministério Público? Influenciou em alguma medida para que o MP formatasse sua denúncia de maneira diferente?

PS: – Não foi uma nova forma à denúncia. Ela reproduz exatamente todos os dados da primeira fase e não desvia dessa linha de investigação até porque não há como fazê-lo, crimes financeiros são materiais. Então, enquanto material, nós extraímos dados a partir de extratos bancários. Agora, há um ano Daniel Dantas usa a estratégia de desclassificar o trabalho tendo em vista que não há outra hipótese de defesa para ele senão anular o que foi construído. São crimes muito difíceis de serem defendidos ainda mais quando se tem interceptações muito bem feitas com a produção de grandes volumes de informação.

SC: – Os HDs ainda estão na CIA e o Brasil aguarda a decodificação. Não poderia ter sido feito aqui? A demora é prejudicial?

PS: – Eu não posso avaliar a decisão de enviar o HD para os EUA, mas uma coisa é certa: tem que se exigir a conclusão desses trabalhos porque a demora é prejudicial ao andamento das investigações e das duas ações penais em curso. Esses HDs são valiosíssimos e revelarão o tamanho do esquema corrupto montado pelo banqueiro ao longo de 20 anos.

SC: – A denúncia de De Grandis indica uma relação de Dantas e do grupo dele com setores da mídia. Como vê esta relação?

PS: – É uma relação espúria, criminosa. Manipular informações para causar prejuízos a terceiros é crime. Isto foi desde o início apontado na investigação. Foi mostrada a relação que ele mantinha com determinados jornalistas.

SC: – O senhor acha que foi uma decisão acertada abrir um capítulo sobre a mídia na operação?

PS: – Sim, foi acertada. Entendo que tem que aprofundar sobre essa questão que se trata de uma relação criminosa. Quando esses profissionais aderem a esse tipo de conduta, merecem uma apreciação judicial e uma responsabilidade criminal.

Alguns pauteiros pigarreiam:

Sonoplastia PressAA: Ruummm... Ruuummm... Ruuuuuuuum! !!

SC: – O senhor foi muito acusado...

PS: – Meu sentimento é de dever cumprido apesar de eu ter sido alvejado com uma perseguição interna e externa.

SC: – No dia da operação...

PS: – Um sentimento de pátria. Isto foi bem marcante. Um sentimento de que precisamos construir um país melhor nem que seja necessário refundar a República.

SC: – Teria feito alguma coisa diferente do que fez?

PS: – Não. Muito pelo contrário. Hoje eu ampliaria, teria mais infra-estrutura para impor uma senilidade maior que o processo requer. Haja vista que a segunda denúncia saiu depois de um ano.

O subchefe aperta o botão “off” do Dino, o gravador da PressAA: Crek!

Silêncio na sala de pauteiros.

O Foca tenta puxar aplausos, bate palmas timidamente: plac plac...

Klara: Deixa de ser puxa-saco, Foca! Vamos lá, pessoal, opinem sobre a entrevista, ou mesmo sobre a Operação Satiagraha da Polícia Federal

Komila Nakova: – MPF denuncia Dantas e o vincula ao "mensalão"

Gil: – A conexão entre Dantas, o Opportunity e o "mensalão"...

Rocha: – Operações de Daniel Dantas, Roberto Amaral e a mídia

Foca: – MPF pede inquérito sobre ligação de Greenhalgh com Satiagraha

GR: – De Sanctis tem de responder a três acusações

Marakalanga: – Protógenes gravou superior. CPI vaza como grampo

Alguém: – "Não sei quem fez grampo no STF", garante Félix

Mahya Kahya: – Toda a dimensão da crise...

Drumão: – No meio do caminho tem uma pedra

Mel: – Mello defende juiz e ataca quebra ilegal de sigilo

Cig: – STF mantém habeas corpus para Daniel Dantas

Houtrem Bãhu: – "Dantas se infiltrou no Estado", diz Protógenes

GR: – Protógenes diz que Dantas é criminoso e psicopata

Foca: – PF faz busca na casa de Protógenes Queiroz em SP

Alguém: – Dantas pediu para Mendes julgar processo em 2005

Sicrano: – Lacerda vai à CPI desfazer articulações de Dantas

Beltrano; Deputado admite que CPI pode beneficiar Daniel Dantas

Fonte: – Alvo de Daniel Dantas, Lula dizia: "É um escroque"

Fidedigna: – Gravação expõe fratura na cúpula da PF; ouça

De Pena: – Delegado: "Vou ouvir Dantas e na sexta relato inquérito"

Correspondente: – Delegado que prendeu Dantas é afastado

Nada: – FHC: Caso Dantas é batalha pelo controle do Estado

Especial: –Em diálogos, Daniel Dantas cita FHC na montagem de fundo

Koveiro: – Dantas ressuscita ACM para atacar ministro do STJ

Painho: – Bahia diz não ter recebido US$ 32 mi do Opportunity

Ghost: – 'Gilmar Mendes agiu certo', diz criminalista

Infográfico: – 121 juízes demonstram indignação com Mendes

Haraponga: – Juíza que avisou de grampo pede: 'me esqueçam'

Maierovitch: – Gilmar Mendes está "extrapolando"

Dantas: – "Vou contar tudo! Detonar!"

Pedro Simon: – "Está na hora de rico ser preso"

Mello: – Ministros do STF não têm nada a esconder

Testemunha: – "O senhor está preso", diz delegado a Dantas

Shumyatsky: – Com prisão preventiva, um xeque-mate em Dantas

Zumbi: – Na madrugada, estratégia para a nova prisão Dantas

ZL: – Solto, Dantas é intimado a depor

Alguém: – PF viveu guerra e espionagem para prender Dantas

Carcereiro: – 50% dos presos esperam decisão dada a Dantas

Eliot Ness: – Dantas, um banqueiro da Coisa Nossa

Advogado: – Dirceu não tem relação com Daniel Dantas

BrOi: – Emissários de Dantas tentam chegar a Dilma

Investidor: – Celso Pitta recebia dinheiro vivo de Naji Nahas

Alighieri: – Inferno de Dantas - Um Raio X do Opportunity Fund

Dantas-Nahas: – Para entender a organização

Alighieri: – Já falei, isso é O inferno de Dantas

Exclusivo: - ...

Subchefe: - Parem com isso! Vocês não estão dizendo coisa com coisa!

Foca: – Mas, meu subchefe, só falta o Exclusivo mandar seu recado!

Subchefe: – Não interessa! Está encerrado esse item da pauta. Quem quiser saber mais alguma coisa sobre o assunto que pegue o Goober e viaje pelo universo googleriano. Recomendo que faça uma escala em Earth Magah, vendemos a matéria para o EM News... Tá tudo lá...

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3864295-EI6578,00-Protogenes+Satiagraha+dividiu+Brasil+em+dois.html

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Reunião do dia 6/7/2009


GR: - Antes de começar a nossa reunião, gostaria de fazer uma observação. É importante notar que o Spiegel, uma espécie de FSP ou Estadão germânico, é o mais importante porta-voz da... direita alemã. O noticiário dito centrista, e nem tanto, claro, é o Deutche Welle que distribuímos quase diariamente aqui na agência.



Foca: – Mesmo assim, eu dava um fio do meu bigode para trabalhar no Der Spiegel

Meireles: – Vocês sabiam que a maioria dos alemães orientais sente que a vida era melhor no comunismo?

Julia: – A apologia da República Democrática Alemã está em alta, duas décadas depois da queda do muro de Berlim. Os jovens e os mais ricos estão entre os que desaprovam as críticas segundo as quais a Alemanha Oriental era um "Estado ilegítimo". Numa nova pesquisa, mais da metade dos antigos alemães orientais defende a RDA.

Bonstein: – A vida de Birger, nascido do Estado de Mecklenburg-Pomerânia Ocidental no nordeste da Alemanha, poderia ser vista como uma história do sucesso alemão. O muro de Berlim caiu quando ele tinha dez anos.

MV: – Depois de se formar no colegial, ele estudou economia e administração em Hamburgo, morou na Índia e na África do Sul, e depois conseguiu um emprego numa companhia na cidade ocidental de Duisburg. Hoje, Birger, 30, planeja velejar no Mediterrâneo. Ele não quis usar seu nome verdadeiro nesta reportagem, porque não quer ser associado à antiga Alemanha Oriental, que ele vê como "um rótulo com conotações negativas."

Bonstein: – Mesmo assim, sentado num café em Hamburgo, Birger defende o antigo país comunista. Diz ele: "A maioria dos cidadãos alemães orientais tinha uma vida boa", diz ele. "Com certeza, não acho que aqui é melhor." Por "aqui", ele quer dizer a Alemanha reunificada, que ele submete a comparações questionáveis. "No passado havia a Stasi”, vocês sabem, era a polícia secreta da Alemanha Oriental, e hoje existe o ministro de interior da Alemanha, o Wolfgang Schäuble, ou o GEZ, o centro de arrecadação de impostos das instituições de rádio e televisão públicas da Alemanha, que coleta informações sobre nós." Na opinião de Birger, não há diferenças fundamentais entre a ditadura e o momento atual. "As pessoas que vivem na linha de pobreza hoje não têm liberdade para viajar."

Foca:– Birger não é de forma alguma um jovem sem instrução. Ele está consciente da espionagem e da repressão que aconteceram na antiga Alemanha Oriental, e, segundo ele, "não era uma coisa boa que as pessoas não pudessem sair do país, e muitos foram oprimidos".

Subchefe: – Ele não é fã do que acredita ser uma nostalgia desprezível pela antiga Alemanha Oriental. Basta ver que o camarada afirmou categoricamente: "Eu não construí um templo para adoração dos pickles Spreewald na minha casa", disse ele, referindo-se à conserva que fazia parte da identidade da Alemanha Oriental. De qualquer forma, ele não perde tempo em argumentar contra os que criticam o lugar que seus pais chamavam de lar: "Não dá para dizer que a RDA era um estado ilegítimo, e que tudo está bem hoje".

Meireles: – Como um defensor da ditadura da antiga Alemanha Oriental, o jovem compartilha da visão da maioria das pessoas da parte oriental da Alemanha. Hoje, vinte anos depois da queda do muro de Berlim, 57%, ou a maioria absoluta, de alemães orientais defendem a antiga Alemanha Oriental. "A RDA tinha mais pontos positivos do que negativos. Havia alguns problemas, mas a vida era boa lá", dizem 49% dos entrevistados. Oito por cento dos alemães orientais se opõem veementemente a todas as críticas à sua antiga terra natal e concordam com a declaração: "a RDA tinha, na maior parte, pontos positivos. A vida lá era mais feliz e melhor do que na Alemanha reunificada de hoje".

MV: – O resultado dessas pesquisas, divulgado na sexta-feira em Berlim, revela que a glorificação da antiga Alemanha Oriental atingiu o cerne da sociedade. Hoje, não é mais uma mera nostalgia eterna que chora a perda da RDA. "Uma nova forma de Ostalgia (nostalgia pela antiga RDA) se constituiu", diz o historiador Stefan Wolle. "A ânsia pelo mundo ideal da ditadura vai muito além das antigas autoridades governamentais."

Foca: – Até os jovens que quase não tiveram experiência com a RDA a estão idealizando hoje. "O valor de sua própria história está em jogo", diz Wolle.

GR: – As pessoas estão ignorando os defeitos da ditadura, como se as críticas ao Estado fossem um questionamento de seu próprio passado. "Muitos alemães orientais percebem as críticas ao sistema como um ataque pessoal", diz o cientista político Klaus Schroeder, 59, diretor de um instituto na Universidade Livre de Berlim que estuda o antigo Estado comunista.

Subchefe: – Ele alerta a respeito dos esforços para subestimar a ditadora SED por parte dos jovens cujo conhecimento sobre a RDA é derivado principalmente de conversas familiares, e não tanto daquilo que aprenderam na escola. "Nem mesmo metade desses jovens na parte oriental da Alemanha descrevem a RDA como uma ditadura, e a maioria acredita que a Stasi era um serviço de inteligência normal", concluiu Schroeder num estudo de 2008 feito com estudantes. "Esses jovens não podem, e na verdade não querem, reconhecer o lado sombrio da RDA."

Meireles: – Eles acham que foram "Retirados do paraíso"!

Julia: – Schroeder fez inimigos com declarações como essa. Ele recebeu mais de quatro mil cartas, algumas delas furiosas, em resposta a reportagens sobre seu estudo. Birger, de 30 anos, também enviou um e-mail para Schroeder. O cientista político agora compilou uma seleção de cartas típicas para documentar o clima opinativo no qual a RDA e a Alemanha unificada são discutidas na parte oriental da Alemanha. Parte do material proporciona um insight chocante sobre os pensamentos dos cidadãos decepcionados e irritados. "Sob a perspectiva atual, acredito que fomos retirados do paraíso quando o muro caiu", escreveu uma pessoa, e um homem de 38 anos "agradece a Deus" por ter tido a chance de viver na RDA, acrescentando que só depois da reunificação da Alemanha ele observou a existência pessoas que temiam por sua existência, pedintes e pessoas sem-teto.

Bonstein: – A Alemanha de hoje é descrita como um "Estado de escravos" e uma "ditadura do capital", e alguns autores das cartas rejeitam a Alemanha por ser, em sua opinião, muito capitalista ou ditatorial, e certamente não democrática. Schroeder acha essas declarações alarmantes. "Temo que a maioria dos alemães orientais não se identifiquem com o atual sistema sociopolítico."

Subchefe: – Muitos dos autores das cartas são pessoas que não se beneficiaram da reunificação da Alemanha ou que preferem viver no passado. Mas também incluem pessoas como Thorsten Schön.

GR: – Depois de 1989, Shön, um artesão de Stralsund, cidade do mar Báltico, a princípio atingiu um sucesso depois do outro. Apesar de não ser mais dono do Porsche que comprou depois da reunificação, o tapete de pele de leão que ele comprou numa viagem à África do Sul, uma das muitas que fez ao exterior nos últimos 20 anos, ainda está estendido no chão de sua sala de estar. "Não há dúvida: eu tive sorte", disse o homem de 51 anos. O grande contrato que ele conseguiu durante o período após a unificação tornou as coisas mais fáceis para Schön abrir seu próprio negócio. Hoje ele tem uma visão clara de Strelasund direto da janela de sua casa avarandada.

"As pessoas mentem e trapaceiam em todo lugar hoje"!, gritou alguém lá no fundo da sala de reunião dos pauteiros.

MV: – Objetos de Bali decoram sua sala de estar, e uma versão em miniatura da Estátua da Liberdade fica ao lado do seu DVD player. Apesar de tudo, Schön senta-se no sofá e conta com entusiasmo sobre os bons e velhos tempos na Alemanha Oriental. "Antigamente, as áreas de camping eram lugares onde as pessoas desfrutavam da liberdade juntas", diz ele. O que ele mais sente falta hoje é "daquele sentimento de companheirismo e solidariedade". A economia da escassez, completada pelas trocas, era "mais como um hobby". Se ele tem uma ficha na Stasi?

Foca: – Diz o Schön: "Não estou interessado nisso", "Além do mais, seria muito desapontador."

Meireles: – A avaliação do cara sobre a RDA é clara: "No que me diz respeito, o que tivemos naquela época foi menos ditatorial do que temos hoje". Elen quer ver salários iguais e pensões iguais para os moradores da antiga Alemanha Oriental. E quando Schön começa a reclamar da Alemanha unificada, sua voz contém um elemento de satisfação consigo mesmo. As pessoas mentem e trapaceiam em todo lugar hoje, diz ele, e as injustiças de hoje são simplesmente perpetradas de uma forma mais astuta do que na RDA, onde não se ouvia falar de salários de fome e pneus de carro cortados. Schön não tem nada a dizer sobre suas próprias experiências ruins na Alemanha atual. "Estou melhor hoje do que antes", diz ele, "mas não estou mais satisfeito."

Bonstein: – O pensamento de Schön envolve menos a lógica fria do que a necessidade de defender seu ponto. O que o torna particularmente insatisfeito é "o modo falso como o Oeste pinta o Leste hoje". A RDA, diz ele, "não era um Estado injusto", mas "meu lar, onde minhas conquistas eram reconhecidas". Schön repete obstinadamente a história de como levou anos de trabalho duro para ele começar seu próprio negócio em 1989, antes da reunificação, acrescenta. "Aqueles que trabalharam duro também foram capazes de se dar bem na RDA". Isso, diz ele, é uma das verdades que são persistentemente negadas nos programas de debate, quando os alemães ocidentais "agem como se os alemães orientais fossem todos um pouco tolos e ainda deveriam estar de joelhos em gratidão pela reunificação". O que exatamente há para ser celebrado, Schön se pergunta?

Foca: – Na opinião do historiador Wolle, "Memórias tingidas de cor-de-rosa são mais fortes do que as estatísticas de pessoas tentando escapar e os pedidos de vistos de saída, e ainda mais fortes do que os arquivos sobre assassinatos no muro de Berlim e sentenças políticas injustas".

Subchefe: – São as memórias de pessoas cujas famílias não foram perseguidas e vitimizadas na Alemanha Oriental, de pessoas como Birger, de 30 anos, que diz hoje: "Se a reunificação não tivesse acontecido, eu também teria tido uma vida boa".

MV: – Pra se discutir esse assunto é bom fazer um retrospecto sobre como era a vida como um cidadão da RDA.

Meirelles: – Depois de se formar na universidade, diz ele que teria sem dúvida aceitado uma "posição de gerência em alguma empresa", talvez da mesma forma que seu pai, que era o presidente de uma cooperativa de fazendeiros. "A RDA não tinha nenhuma influência na vida de um cidadão da RDA", conclui Birger. Essa visão é compartilhada por seus amigos, todos eles com estudo superior e filhos de ex-alemães orientais, nascidos em 1978. "Reunificação ou não", concluiu o grupo de amigos recentemente, de fato não faz diferença para eles. Sem a reunificação, suas opções de viagem seriam Moscou ou Praga, em vez de Londres e Bruxelas. E o amigo que trabalha no governo em Mecklenburg hoje provavelmente teria sido um oficial leal ao partido na RDA.

GR: – O jovem expressa suas visões de forma equilibrada e com poucas palavras, apesar de parecer um pouco desafiador em alguns momentos, como quando diz: "Eu sei, o que estou dizendo não é tão interessante. A história das vítimas é mais fácil de contar."

Julia: – Birger não costuma mencionar sua origem. Em Duisburg, onde ele trabalha, quase ninguém sabe que ele é da Alemanha Oriental. Mas nessa tarde, Birger está disposto a contradizer "a história escrita pelos vitoriosos". "Na percepção do público, há apenas vítimas e carrascos. Mas as massas ficam à margem."

Bonstein: – Eis alguém que se sente pessoalmente afetado quando o terror e a repressão da Stasi são mencionados. Ele é um acadêmico que sabe "que ninguém pode consentir com os assassinatos no muro de Berlim". Entretanto, no que diz respeito às ordens dos guardas no muro de matar os que tentassem fugir, ele diz: "Se há um grande sinal ali, você não deveria ir lá. Foi totalmente negligente".

Meireles: – Isso levanta uma antiga questão mais uma vez: existia uma vida real em meio à fraude? Subestimar a ditadura é visto como o preço que as pessoas pagam para preservar seu autorrespeito. "As pessoas estão defendendo suas próprias vidas", escreve o cientista político Schroeder, descrevendo a tragédia de um país dividido.

Subchefe: – Muito boa, essa matéria, merece chamada na primeira página. Eloise, você fez uma excelente tradução. E, o mais incrível, sem a ajuda do Goober, o cavalo alado que o nosso Editor-Assaz-Atroz-Chfe adquiriu da Wells & Fargo num leilão da New York Stock U$ e que navega livre pelo universo googleriano.

Foca: E aí, visitante, gostou? Se não gostou, o Goober leva você para redação do nosso concorrente e aí você pode ler outra versão... É só quicar.. quer dizer... clicar...

URL: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2009/07/05/ult2682u1224.jhtm


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Reunião do dia 5/7/2009


Foca: - Mira, pessoal, o papo que rolou em São Paulo, na sexta-feira passada: Suíça bloqueia outra conta na investigação do caso Alstom...

MV: - Eu acompanhei esse caso, as autoridades suspeitam de banqueiro que ajudou a montar contrato com a Eletropaulo.

Meireles: - Dizem que certo executivo representava o banco Societé Générale, documentos obtidos por procuradores sugerem que banqueiro recebeu propina.

MARIO: - E tem mais, autoridades da Suíça bloquearam uma conta atribuída ao banqueiro aposentado francês Jean Marie Lannelongue por terem encontrado indícios de que ele recebeu o pagamento de comissões ilegais da multinacional francesa Alstom.

CESAR: - Esse Lannelongue, que vive no Brasil desde os anos 80, representava o banco Societé Générale no país e ajudou a montar a engenharia financeira que permitiu que a Alstom fechasse um contrato com a Eletropaulo de R$ 110 milhões em valores de 2001, hoje seriam R$ 221 milhões, quando se corrige o contrato pelo IGP-M, o Índice Geral de Preços do Mercado, da Fundação Getulio Vargas.

CARVALHO - Na semana passada, a Folha revelou que o Ministério Público da Suíça havia bloqueado uma conta atribuída a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Marinho é suspeito de ter recebido propina da Alstom para ajudar a empresa a fechar o negócio com a Eletropaulo.

Subchefe - Ele ocupou o segundo cargo mais importante no governo de Mário Covas, do PSDB. Marinho foi chefe da Casa Civil entre março de 1995 e abril de 1997. O conselheiro do TCE paulista nega ter conta na Suíça ou em outro país.

Foca: - O contrato de R$ 110 milhões faz parte de uma novela que remonta a 1990. Naquele ano, a Eletropaulo e a Cogelex, empresa formada pela junção da Alstom com a Cegelec, assinaram o aditivo de número dez de um projeto chamado Gisel, o Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo.

MV: - Transmissão de energia! É isso aí! O objetivo do projeto era modernizar o sistema de transmissão de energia. O aditivo dez visava a construção de subestações de energia em dois bairros da cidade de São Paulo: Cambuci e Aclimação, no Centro.

Subchefe: - Como o país passava por crises econômicas em série, com inflação estratosférica e corte de crédito internacional, o contrato com a Eletropaulo não saiu do papel até 1998.

Meireles: - Mas no ano anterior, o governo francês havia decido financiar o projeto da Eletropaulo porque o contrato representava ganhos de divisas para a França. O banco Sociéte Générale foi a instituição escolhida para cuidar do financiamento.

MV: - Intermediações desse tipo são corriqueiras no mundo dos negócios. O problema, segundo os promotores suíços, é que Lannelongue não se restringiu a dar consultoria financeira à Eletropaulo e à Alstom. Ele teria recebido recursos da Alstom que podem ser caracterizados como propina, ainda de acordo com a visão da Promotoria.

Foca: - Gíria é comigo mermo, saca essa usada pela turma da bufunfa: Offshore... Um dos indícios que o banqueiro recebeu propina está em documentos da Alstom coletados pelos promotores suíços. Outro indício foi encontrado nas movimentações de uma empresa offshore de Lannelongue, a Splendore y Associados.

Subchefe: - A Splendore foi uma das empresas pelas quais passou parte das propinas pagas pela Alstom, segundo a Promotoria suíça. A Suíça diz que um grupo de offshores recebeu comissões que somam 34 milhões de francos franceses, equivalentes hoje a cerca de R$ 13,5 milhões.

Foca: - Na gíria do pessoal que mexe com grana, offshore é um tipo de empresa aberta em paraíso fiscal por duas razões: paga menos impostos e há um grau de sigilo sobre os seus proprietários muito maior do que numa empresa regular.

CESAR: - Lannelongue é figura influente entre a comunidade francesa que vive em São Paulo. Ele foi presidente da Câmara de Comércio França-Brasil até março de 2005 e é presidente de honra da entidade.

Do OUTRO LADO da mesa de reunião dos pauteiros, alguém fala:

Alguém: - Advogado afirma que não conhece os documentos...

Subchefe: - O advogado Maurício Zanoide de Moraes? Aquele que defende Jean Marie Lannelongue?! Esse cara afirma que não pode se manifestar sobre a investigação em torno de seu cliente por duas razões: não conhece os documentos que embasam as acusações do Ministério Público da Suíça e não comenta casos que a Justiça trata como sigilosos.

Foca: - A apuração sobre as supostas propinas pagas pela Alstom corre em segredo de Justiça na Suíça, na França e no Brasil. Mas se fosse ladrão pé-de-chinelo flagrado dando bote na 25 de Março, todo mundo ia conhecer a cara, o nome e a ficha corrida do infeliz.

MARIO: - Zanoide de Moraes afirma que o promotor e o procurador que cuidam da investigação em São Paulo não permitiram que ele consultasse nenhum documento. Segundo ele, um desses profissionais recomendou que ele lesse sobre a apuração na imprensa: "Ele me falou que os jornais publicavam informações corretas sobre o caso".

CARVALHO: - O banco francês Societé Générale não quis se pronunciar sobre o caso.

Foca: - E aí, visitante, quer ler mais? Taí, ó, o Goober te leva...

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0307200916.htm
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0307200917.htm

Subchefe: - Foca, deixa de ser sacana, você sabe que aí só pagando ingresso.

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REUNIÃO DO DIA 4/7/2009

Foca: Virgílio já devolveu a bufunfa?

MV: - Quinta-feira, 2 de Julho de 2009

Meireles: - Num muda de assunto, cara, eu quero mesmo é saber porque Sarney permanece na Presidência.

Credibilidade: - O presidente do Senado vai resistindo às pressões pela sua renúncia ou licença do cargo. A questão é mais simples do que parece: o governo não tem como substituir José Sarney (PMDB-AP) sem perder completamente a sua base de sustentação no Congresso.

Ética: - Sim, porque se Sarney renunciasse ou se afastasse do cargo pelo tal período de 60 dias, os senadores do PMDB partiriam para a retaliação. Nos bastidores do Congresso, há quem diga que o grupo poderia apoiar uma candidatura do senador democrata José Agripino Maia (RN) à presidência do Senado apenas como sinal de vingança pela falta de apoio a Sarney. Foi por esta razão que o PT recuou, e não por qualquer outro motivo mais nobre. Sem Sarney, o governo fica isolado no Senado, o que evidentemente não é nada bom para o presidente Lula... e nem para o país, pois significaria uma paralisia completa dos trabalhos parlamentares.

Subchefe: - Sarney não nasceu ontem, tem muitos defeitos, a maior parte deles bem antiga, por sinal. Mas a verdade é que todos os seus colegas de Senado, sem exceção, têm exatamente os mesmos defeitos. Não existe um único parlamentar em todo o Congresso Nacional que possa bater no peio e dizer: "eu sou diferente, eu sou o ético".

Foca: - Não, nem mesmo Fernando Gabeira – vide as passagens da filhota para o Havaí ou o pagamento com recursos públicos de serviços privados prestados pela então namorada, atual esposa.

Meireles: - Eduardo Suplicy, Cristóvam Buarque, Chico Alencar, Pedro Simon, Heloísa Helena enfim, todos os deputados e senadores apontados pela mídia como puros e éticos já aprontaram bastante com o meu, o seu o nosso suado dinheiro que vai para o pagamento de tributos e depois vira piada nas mãos dos nobres parlamentares. A diferença entre eles é de ordem política e ideológica, uns defendem A, outros preferem B. Na prática parlamentar, são todos iguaizinhos.

Credibilidade: - Há, portanto, uma certa hipocrisia na grande imprensa ao noticiar os escândalos que envolvem José Sarney e seus familiares. A cobrança que se faz ao ex-presidente deveria, por justiça, ser a mesma para um Arthur Virgílio, paladino da ética para o alheio, porque para si, não cabe nenhuma, conforme se pôde observar no episódio dos R$ 723 mil utilizados para pagamento do tratamento de sua mãe - recursos esses, é claro, do Senado e que jamais poderiam ter a destinação que tiveram.

Ética: - Vai pagar de uma vez ou parcelar a malfeitoria no lombo do contribuinte brasileiro? Repórter nenhum tem coragem de fazer tais perguntas ao tucano, mas conseguem ser mais duros com Sarney... Dois pesos, duas medidas, caso clássico.

Subchefe: - No fundo, o melhor a ser feito neste momento é aproveitar a guerra que vem sendo travada no andar de baixo do Senado e Câmara - o funcionalismo das duas casas é que está fornecendo material e dossiês para a imprensa - para estabelecer regras mais rígidas para o uso da verba pública pelos deputados e senadores. Isto já começou na Câmara, de maneira ainda muito tímida, com a regulamentação do uso das passagens, e precisa ser ampliado.

Foca: - Se quiser ler mais, use o link, o Goober leva você ao Entrelinhas...


http://blogentrelinhas.blogspot.com/2009/07/porque-sarney-permanece-na-presidencia.html


*

Seria libidinoso se não fosse assaz atroz...

André Lux*

Cloaca News desmascara jornalismo de esgoto:











Repórter do PiG sai da redação com a pauta pronta
Assim como faz o blogue da Petrobras, o blogueiro do Cloaca publicou na íntegra as perguntas do jornalista do "Valor Econômico" e as suas respostas. Não precisa ser um gênio para perceber a disparidade entre o que foi respondido e o que foi publicado no panfleto capitalista.


- por André Lux, jornalista "maniqueísta" (http://tudo-em-cima.blogspot.com/)

O blogue Cloaca News, colega de guerrilha virtual contra o PiG (Partido da imprensa Golpista), fez uma importante denúncia contra a matéria intitulada "Blogues são maniqueístas" publicada no panfleto capitalista chamado "Valor Econômico" e que cita o nome do Cloaca News.

Assim como faz o blogue da Petrobras, o blogueiro do Cloaca publicou na íntegra as perguntas do jornalista, um tal de Yan Boechat, e as suas respostas. Não precisa ser um gênio para perceber a disparidade entre o que foi respondido e o que foi publicado no panfleto.

Esse é só mais um exemplo evidente do jornalista que saiu da redação com a pauta pronta. Qual era ela? Mostrar que os blogues de esquerda são feitos por gente furiosa e maniqueísta e que, apesar do grande número de visitas, não têm a menor importância pois não formam ou mudam a opinião de ninguém. Sim, os donos do PiG querem fazer seus parcos leitores acreditarem nessa asneira de qualquer jeito e para isso contam com a inestimável ajuda de seus jagunços travestidos de "jornalistas". Seria cômico se não fosse tão trágico!

Por isso, não importa o que o amigo blogueiro do Cloaca tenha respondido ao repórter, pois a entrevista serviu apenas como justificativa para citar algum blogueiro de esquerda. Não duvido nada que o "jornalista" já estava até com o texto pronto, faltando apenas acrescentar o nome de um blogue cujo autor se sujeitasse às suas ridículas perguntas.

Enfim, esse é o nível do jornalismo da imprensa corporativa no Brasil! E tem gente que leva esse lixo a sério. Felizmente para o Brasil e para o mundo e infelizmente para os barões do PiG, esse número de crentes cai a cada dia...

*André Lux, do blog Tudo em Cima, linkado na PressAA, e vice-versa...


* * *

REUNIÃO DO DIA 3/7/2009

- Carai! Chegou aqui uma duca, ó!

- Putz!

- Caramba!

- Rapá, que furo!

- E aí, subchefe?!

- Deixa eu ver. Huuummm... Huuummm.. Pô! como é que você chama isso de furo, rapaz?! Matéria da revista Época, de 9/5/2008, edição 520. O que foi que você fumou, cara?!

- Mas, meu subchefe, o senhor não está atentando prum detalhe...

- Detalhe?! Que detalhe?

- Dê mais uma espiadinha na careta desse sujeito?

(Silêncio na redação)

Súbito!

- Puta merda! é o... - o subchefe se benze e dá toc-toc-toc na mesa - É o... - olha nos olhos do foca.

- Sim, subchefe, é ele mesmo. O cara procurado pela Interpol, PF, FBI, Gestapo, KGB e pelo delegado de Quixeramobim!

- Vai! vai! deixa o visitante ver a careta do sujeito!

- É pra já, subchefe. Taí, amigo... Mas apalpe sua carteira de cédulas, pois esse meliante é uma tremenda celebridade do submundo do crime! E o pior é que estão querendo colocar esse sujeito na PRESIDÊNCIA DO SENADO!



Marconi Perillo, senador (PSDB-GO), candidato ao cargo de Presidente do Senado, no caso de renúncia de José Sarney (PMDB-AP).

Ficha do cara na revista Época
09/05/2008 - 13:24 Edição nº 520

MP denuncia Perillo [retrato mal falado - PressAA] e Alcides por caixa dois



O procurador-geral da República [foto pressaa] , Antonio Fernando Souza, denunciou o senador e o governardor de Goiás por fraude na campanha eleitoral de 2006

Os detalhes da denúncia
Em tópicos, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, listou as supostas fraudes na campanha:

1 - Constatou-se adulteração de contratos de carros de som. Para o procurador-geral, houve fraude na alteração dos contratos de aluguéis desses veículos nas campanhas de Alcides e Perillo. Com a ajuda de Waldete Faleiros, contadora do diretório estadual do PSDB em Goiás, notas fiscais de gastos de Perillo com carros de som foram alteradas para a campanha de Alcides para justificar um erro logístico percebido no fim da eleição: não havia sido contabilizada legalmente nas contas de Perillo nenhuma doação para esse tipo de serviço.

2 - Utilização de caixa 2 por meio da Multcooper, uma empresa de serviços especializados, responsável pelo pagamento de funcionários dos dois candidatos. Para o Ministério Público, a prestação de contas mostrou que havia um contrato entre as duas campanhas e a Multcooper no valor de R$ 711 mil. Cada candidato deveria pagar metade, cerca de R$ 355 mil. Entretanto, Marconi declarou à Justiça Eleitoral o pagamento de uma única parcela de R$ 416 mil, R$ 60 mil acima, o que seria indício de caixa 2. Há também o depoimento de um prestador de serviços da empresa, Vasco Melo Santos Camargo Junior, que recebeu o pagamento pelo seu serviço em dinheiro vivo, sem recibo ou contrato. As notas fiscais apreendidas da campanha de Alcides também mostram pagamento de R$ 600 mil a uma empresa chamada Cantagalo Comunicação Ltda. A despeito do alto valor, não existe esse pagamento na prestação de contas à Justiça.

3 - Utilização de notas frias - O procurador-geral Antonio Fernando acusa os dois candidatos de apresentarem uma série de notas frias para justificar gastos de campanha. Cabia à Waldete Faleiros contatar empresas para “regularizar” contas de campanha. Em uma interceptação telefônica feita pela Policia Federal, no dia 18 de dezembro de 2006, Waldete consegue realizar a fraude com o presidente da Multicooper, Genaro Herculano, de acordo com o MP.

Waldete - Eu preciso fazer uma operação em nome do PSDB, no valor de quinze mil, é possível?
Genaro - O que você precisa de mim?
Waldete - Uai, eu preciso de uma nota... e descontar o cheque.
Genaro - Tá, e os impostos, como é que você faz?
Waldete - Pois é, quanto que seria?
Genaro - Dá 16.33
Waldete - Bom, eu queria assim... na realidade são trinta, entendeu? Mas eu tava precisando fracionar.
Genaro - Mas o que é que seria? O que a gente vai colocar?
Waldete - Pois é, aí poderia ser locação de veículo.
Genaro - É, locação de veículo dá, porque eu tenho muito veículo.
Waldete - Eu só quero saber assim... como é que eu faço... Se você deposita o dinheiro e devolve...
Genaro - Faz igual aquele dia... Você traz o cheque e ela te devolve em dinheiro. Te devolve em dinheiro pra não ter problema.

Na mesma investigação, o procurador-geral aponta Lúcio Fiúza, administrador financeiro da campanha de Marconi, como seu cúmplice e homem de total confiança. Waldete liga para Fiúza no dia 20 de dezembro de 2006 para consultá-lo sobre notas frias de uma outra empresa, a Promix. Antonio Fernando afirma que fica “evidente” a participação de Marconi Perillo.

Waldete - Deixa eu falar com o senhor. Eu tô tendo dificuldade para conseguir aquele documento.
Lúcio - Hum.
Waldete - Mas me ocorreu uma idéia, vamos ver se o senhor concorda. É o Reinaldo (da Promix), ele tem um saldo devedor contábil lá no diretório. Eu não poderia... desfazer pra ele e ele...?
Lúcio - Uai... Eu não sei como é a confiabilidade, né?
Waldete - Pois é, foi por isso que eu te liguei.
Lúcio - Vamos pensar mais um pouco... Continua pensando por enquanto... Até eu pegar uma luz com o chefe.
Waldete - Tá. Porque aí não precisa nem nota entendeu? Só recibo.

4 - Ocultação de provas - Na denúncia do Ministério Público existe ainda a acusação de ocultação de provas contra Marconi Perillo, Waldete Faleiros e Lúcio Fiúza. Os diálogos interceptados no período de 8 e 12 de dezembro de 2006 mostram, de acordo com o MP, que os denunciados tiraram provas do comitê, a fim de obstruir investigação eleitoral. As provas teriam sido levadas para a casa de Marconi.

No dia 8 de dezembro, Waldete orienta Rodrigo, funcionários de um dos comitês, a esconder documentos e computadores.

Waldete - Agora que eu vi que tinha duas chamadas aqui. Pois é, era pra você sair daí, tirar o notebook, tirar os documentos...
Rodrigo - Deixa eu te falar, eles chegou de supetão, eles pegou os documentos do PSDB, viu.
Waldete - Pegou tudo?
Rodrigo - Pegou.
Waldete - Ai, meu Deus.

Mais tarde, no mesmo dia, Waldete conversa com Lúcio.

Lúcio - Por que só levaram computador?!
Waldete - Não. Levaram a documentação toda e os computadores.
Lúcio - A nossa documentação também?
Waldete - Não, a nossa tá comigo.
Lúcio - Tá certo. Deixa bem guardado, hein? Não tinha nenhum papel, nenhum rascunho.
Waldete - Não Dr. Lúcio, não tinha nada assim que comprometesse, a não ser por muita falta de sorte.

Interceptação do dia 3 de janeiro de 2007, escreve Antonio Fernando, revela que parte dos documentos subtraídos, inicialmente guardado em um cofre no Palácio das Esmeraldas, foi levado para a casa de Marconi Perillo.

5 - Uso da máquina pública - As provas colhidas durante a investigação, afirma o MP, revelam que Marconi Perillo e Alcides Rodrigues usaram servidores e bens públicos na campanha de 2006. De acordo com a investigação da Policia Federal, os seguranças usados nas campanhas eram policiais militares estaduais durante o horário do expediente.

No dia 2 de janeiro, uma interceptação telefônica entre Marconi Perillo e Lúcio Fiúza é resumida na denúncia. “Marconi avisa a Lúcio que pagou os funcionários da Fazenda e os seguranças, faltando agora o valor do salário dos sargentos que ele não sabe, diz que os sargentos vieram com uma conversa de ser 700,00, mas ele acha que é menos pois eles estão recebendo uma parte do governo”.

Além do processo no STF, o governador e o senador devem responder a ação por crime eleitoral, provocada pelo Ministério Público Eleitoral. Nesse caso, se forem condenados, podem perder o mandato.










http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG83588-9295-520-2,00-MP+DENUNCIA+PERILLO+E+ALCIDES+POR+CAIXA+DOIS.html

* * *

Reunião em 22/06/2009

– Veja, meu subchefe, essa aqui tá boa pacas!

– Deixe-me ver. Hummm... Hummm... Está bem, mande em frente, pois ontem nossos concorrentes conseguiram um furo, "o canto do Curió". Agora nós temos esse material para fazer frente ao caso ditabranda.

– Escuta essa, subchefe, o visitante aqui quer ver a matéria, pode?

– Claro! Foi pra isso mesmo que abrimos as portas da nossa redação.

– Tudo bem, amigo, o subchefe falou, tá falado. Pode ler...

https://acesso.uol.com.br/login.html?dest=CONTENT&url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2106200903.htm&COD_PRODUTO=7

– Ih, subchefe! Voltou! O homem ficou brabo! A gente publicou a matéria na área restrita a assinantes!

– Então entregue o material original a ele, rapaz. Aqui quem manda é o leitor!

– É pra já, subchefe!

PROCESSO A QUE A FOLHA TEVE ACESSO EXPLICITA COLABORAÇÃO ENTRE CANTOR E O DEPARTAMENTO DE ORDEM POLÍTICA E SOCIAL; EM VIDA, ARTISTA DESMENTIA VÍNCULO COM ÓRGÃOS DE SEGURANÇA

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

Wilson Simonal de Castro, um dos mais talentosos cantores do Brasil em todos os tempos, declarou formalmente em 1971 que era informante do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), a polícia política do antigo Estado da Guanabara.


Seu depoimento na polícia foi avalizado reiteradamente em processo judicial por seu advogado Antonio Evaristo de Moraes Filho.

A declaração de Simonal e a confirmação de Evaristo nunca foram divulgadas -conhecem-se apenas as manifestações de proximidade do artista com o Dops, mas em público ele negava ter sido informante.

A Folha teve acesso ao processo 3.540/72, do qual consta o depoimento em que Simonal reconhece seus serviços.

Ele foi processado sob acusação de ser o mentor de uma sessão de tortura -em dependências do Dops- para obter confissão de desfalque de Raphael Viviani, ex-funcionário de sua firma.
Relatório confidencial do Dops, anexado aos autos e ainda hoje inédito, explicitou a ligação -reafirmada por um agente do órgão, Mário Borges, em interrogatório na Justiça.

Testemunha de defesa do artista, o tenente-coronel do Exército Expedito de Souza Pereira descreveu-o como "colaborador das Forças Armadas". Foi Simonal (1938-2000) quem se disse "colaborador dos órgãos de informação", sublinharam Viviani e seu advogado, Jorge Alberto Romeiro Jr.

O Ministério Público, representado pelo atual deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), apontou o intérprete como "colaborador das Forças Armadas e informante do Dops". Sentença proferida pelo juiz João de Deus Lacerda Menna Barreto concordou.

Acórdão (decisão de corte superior) do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), assinado em 1976 pelos desembargadores Moacyr Braga Land e Wellington Pimentel, referendou: Simonal era "colaborador das autoridades na repressão à subversão". Foi a palavra final da Justiça.

Todos esses documentos integram o processo 3.540, instaurado em 1972 na 23ª Vara Criminal, concluído em 1976 e em cujas 655 folhas jamais houve divergência: dos amigos mais fiéis ao antagonista mais ressentido, todos estiveram de acordo que Simonal -e ele assentia- era informante do Dops.


Em abril, a Folha pediu ao TJ para ler os papéis. Localizados em junho, eles foram consultados pelo jornal na íntegra. A história que eles descortinam vai na contramão de versões que rejeitam a relação do cantor com o aparato de segurança da ditadura militar (1964-85).

Entrevistas com sobreviventes da época e pesquisa em periódicos jogam luz no episódio.
Em 2000, a Folha publicou reportagem com base na sentença de 11 páginas, encontrada no Arquivo Público do Estado do RJ, que guarda o acervo do Dops.

Contudo, não achou cópia do conjunto do processo nem do informe interno acerca de Simonal, da declaração em que ele se afirmou colaborador ou de lista de eventuais pessoas delatadas por ele.
Desde a década de 1930 havia informantes da polícia política nos meios culturais do Rio. Eles não costumavam ser identificados nominalmente em relatórios, como se constata no Arquivo do RJ.

Tortura

A controvérsia sobre as conexões do cantor ressurgiu com vigor devido ao documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei", de Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal.
O filme narra da ascensão ao estrelato à morte no ostracismo, determinada pela imagem de "dedo-duro" -função que no fim da vida Simonal contestava ter desempenhado. Ele se dizia alvo de mentira inventada por inimigos, de racismo e de perseguição da esquerda.

O cantor não foi julgado pela colaboração com a ditadura, mas por ter levado Viviani para a sede do Dops, na rua da Relação, região central do Rio.

Simonal foi ao departamento e emprestou seu carro aos policiais, que buscaram Viviani em casa quase à meia-noite de 24 de agosto de 1971, passaram pelo escritório do artista e terminaram na rua da Relação.

Lá torturaram Viviani com choques elétricos, socos e pontapés até ele assumir por escrito o desvio.

Simonal estava no Dops, para onde ajudou a transportar -desde seu escritório, em Copacabana- o ex-chefe de escritório da Simonal Comunicações Artísticas.

Ele não participou da tortura nem a testemunhou. ]

Um inquérito foi instaurado na 13ª DP porque a mulher do funcionário registrou o desaparecimento.

Foram condenados o cantor, um policial do Dops, Hugo Corrêa de Mattos, e um colaborador do órgão, Sérgio de Andrada Guedes. Em 1974, por crime de extorsão, a pena de cinco anos e quatro meses de reclusão. Em 1976, depois da desclassificação do crime para constrangimento ilegal, a três meses. Simonal passou nove dias detido. Os três negaram as acusações.

"Subversivos"

Relatos jornalísticos recentes sustentam que foi o inspetor Mário Borges, chefe da Seção de Buscas Ostensivas do Dops e notório torturador de presos políticos, a fonte original da classificação de Simonal como informante.

Na 23ª Vara, Borges disse que o cantor "era informante do Dops e diversas vezes forneceu indicações positivas sobre atividades de elementos subversivos".

Não citou a identidade dos "elementos". O interrogatório do policial ocorreu em 16 de novembro de 1972.

Acontece que, 450 dias antes, Simonal já prestara declarações no Dops que foram anexadas ao processo e não chegaram ao noticiário.

Às 15h de 24 de agosto de 1971, perto de nove horas antes da diligência contra Viviani, Simonal afirmou ter ido à rua da Relação "visto aqui cooperar com informações que levaram esta seção a desbaratar por diversas vezes movimentos subterrâneos... subversivos no meio artístico". Também não nomeou os "movimentos".

Ou seja, o primeiro a sustentar que Simonal era informante foi ele mesmo, e antes da ação da polícia. Na ocasião, o cantor lembrou que no golpe de Estado de 1964 esteve no Dops "oferecendo seus préstimos ao inspetor José Pereira de Vasconcellos" -outro denunciado por sevícias contra opositores.

Simonal assinalou que se aproximou ainda mais do Dops quando pediu e obteve proteção contra uma ameaça de explosão de bombas em um show.

Em 1971, ele se queixou de um "grupo subversivo" que prometia sequestrá-lo se não "arrumasse" dinheiro.

A voz anônima parecia, ele disse, a de Viviani.
Na 13ª DP, o cantor depôs em 28 de agosto. Apresentou-se como "homem de direita" e relembrou ter dito no Dops (no dia 24) que conhecia, "como da área subversiva", "uma irmã do senhor Carlito Maia" -era a produtora cultural Dulce Maia, ex-presa política e àquela altura exilada.

Esse depoimento vazou à imprensa, mas nele Wilson Simonal calou, nem lhe perguntaram, sobre a atuação como informante.

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* * *

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– Espere um pouco, foca. Assim não pode! Assim não dá! Basta essa amostra grátis. Se o moço aí quiser ler mais, vai ter que assinar. Afinal, as matérias pagas andam encurtando. A Petrobras, por exemplo, criou um blog e não quer mais pagar direito de resposta.

– Aceita um cafezinho, moço?
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PressAA

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