terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Assaz Atroz evoca Drummond e Nelson Rodrigues para explicar o óbvio


Neste exato momento Lincoln Gordon - embaixador dos EUA no Brasil no momento do golpe de 64 - ainda é defunto fresco, enquanto Rodriguinho Maia e ACM Neto, por mau exemplo, são velhas raposas desde o berço.

Fernando Soares Campos (*)

Caia, quando você fala de “...vícios estruturais da argumentação do Laerte, do Lungaretti e dos rapazes da Agência Assaz Atroz: TUDO tem, sempre, de caber em categorias velhas”, eu fico tentando identificar as categorias “velhas” e “novas”, quero separá-las quando o assunto é, por exemplo, o golpe de 64 ou os golpes midiáticos de hoje. Aí me lembro da UDN que me faz lembrar a Arena que me faz lembrar o PDS que me faz lembrar o PFL que me faz lembrar o DEM que me faz lembrar o PSDB que me faz lembrar traições, entreguismos, corrupção...

Um dos grandes problemas de pessoas que participaram de determinados momentos históricos é acreditar que todo mundo conhece a história em seus pormenores e a entende tanto quanto ele assimila e compreende os fatos.

Quantas vezes a gente está batendo um papo com alguém sobre o passado vivido por ambos e acaba saltando determinados detalhes porque acredita que o interlocutor está careca de saber tudo sobre aquilo. De repente esse alguém com quem estamos conversando contra-argumenta de tal maneira que nos faz desconfiar que ele simplesmente desconhece o que parece óbvio.

Sabe aquela frase atribuída a Nelson Rodrigues: “Só os gênios enxergam o óbvio”? Pois é, o problema é que os gênios, apesar de enxergarem o óbvio, muitas vezes não enxergam o ululante, aquilo que, por ser óbvio, ele próprio acredita que todos estão enxergando. Lerdo engano do gênio. (Lerdo mesmo, não é ledo, não.)

Laerte Braga e Celso Lungaretti têm desempenhado um papel fundamental e prestado um serviço relevante à memória política e ao atual momento histórico. Ambos associam o passado ao presente de forma competente, restaurando elos corroídos e até mesmo aparentemente arrebentados pelas mentiras repetidas.

Neles não enxergo “vingancismos” ou revanchismos, menos ainda “moralismo tosco”, mas tão-somente esclarecimento e alerta para compreensão da realidade, busca da verdade e consequente aplicação de justas medidas. Restaurar a verdade é uma ato supremo de justiça; o que vier depois disso pode ser lucro, prêmio, consagração de que a luta valeu a pena.

Há quem fale em estilo dos autores. O estilo da Caia seria, digamos, vanguardista, ousado; Laerte e Lungaretti são mais conservadores nesse aspecto. Até me arrisco a dizer que eles se enquadram no lema da agência assaz atroz (pressaa) - redação: “Ativismo com atavismo sem saudosismo – mas com um toque de pragmatismo”.

Mas eu quero me referir mesmo é ao enfoque. A bandeira de todos nós pode ser a mesma: justiça social, por exemplo. Mas nenhum de nós tem condições de enfocar um único tema por todos os ângulos possíveis. Daí a importância do papel de cada um de nós. Eu aprendo com a Caia basicamente o mesmo que aprendo com Laerte ou Lungaretti. Mas Laerte me fala do “a”, Caia me explica o “b”, Celso me ensina o “c”, e assim vou aprendendo o abecedário, acabo juntando as letras e formando palavras, frases, períodos, textos que repasso.

Falei bobagem?

Espero que sim, pois nunca aprendi nada falando ou escrevendo aquilo em que há concordância ou uniformidade de opiniões, pensamentos, sentimentos, crenças etc., ou seja, o consensual.

Só aprendi quando falei bobagem, quando expus meus equívocos, e alguém veio em meu socorro, ou até mesmo chegou com a palmatória. Entretanto sempre dei preferência aos que me ditaram um dever de casa, ao invés de trazerem as respostas prontas.

No mais, concordo contigo, Caia: essa Marina Silva não passa de UDN-da-Floresta ou, pior, UDR-da-Cidade.

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Sobre os “argumentos” de Marina Silva, a UDN-da-Floresta. XÔ!

Caia Fittipaldi (**)

Bom, esse artigo do Laerte -- nada do suicidarismo vingancista e do moralismo tosco passadista, de rotina. Em vez disso, dá voz ao presidente Evo Morales. Mas, não: não acho que se trate de nova guerra fria. (Esse, aliás, é um dos vícios estruturais da argumentação do Laerte, do Lungaretti e dos rapazes da Agência Assaz Atroz: TUDO tem, sempre, de caber em categorias velhas.)

Acho que o que realmente interessa, agora, é desmascarar SEMPRE o vingancismo metido a “ético” e o suicidarismo moralista, onde quer que apareçam. Se não aprendermos a desmascarar esse vingancismo metido a “ético”, esse moralismo à moda da UDN paulista, dos augustos nunes e donas doras kramers -- e se, sobretudo, não trabalharmos MUITO pra construir OUTROS DISCURSOS para impor no lugar daqueles! --, estaremos, nós mesmos, abrindo mão de meios importantes para VER E FAZER VER a potente especificidade (e a bem-vinda novidade!) dos discursos do presidente Lula, de Evo, de Chávez, até de Ahmadinejad. (Vale observar que, aí, quem queira espinafrar um deles... terá de espinafrar todos).

De fato, aquele papim (totalmente inventado) de que Ahmadinejad seria “negador de holocausto” é equivalente ao que diz o Estadão -- que Lula seria negador de democracia; e que Chávez seria negador de liberdade de imprensa: é sempre o mesmo golpe. Nem Ahmadinejad jamais negou holocausto algum, nem Lula nega democracia alguma, nem Chávez nega liberdade de imprensa: tudo, aí, é o mesmo udenismo-de-inventar-o-mundo-por-jornal-e-televisão, a golpes de opinionismo udenista de mirians leitões, e/ou de “éticas” dos alexandres machados, e/ou a golpes do fascismo sincero dos williams waacks e sardembergs e que-tais.

Pode-se MUITO LEGITIMAMENTE e muito democraticamente e muito etica e moralmente denunciar o “holocausto de brancos europeus por brancos europeus nos anos 30, irmão-gêmeo do sionismo” (que é o que Ahmadinejad REALMENTE disse e diz), tanto quanto se pode falar do mito da liberdade de imprensa só para os brancos da FEBRABAN e da FIESP no Brasil-2009, irmão-gêmeo do tucanismo-pefelê-udenista uspeano (e que também é contra a quota para pobres nas universidades!), né-não?!

Ontem, por exemplo, o mesmo vingancismo reacionário, moralista, repugnante, estava manifesto na longa fala de Marina Silva, a insuportável, exposta num dos jornais da Rede Globo. Até que foi útil, para que eu ouvir todo o argumento salafrário desses “éticos” da dinheirificação do mundo, que aqui resumo:

-- o presidente Lula teria traído toda a galáxia (e teria traído também o discurso do próprio Lula "de antes" [quer dizer: de quando Lula ainda não passava ou de sindicalista simplório ou de petista-nada! NÃO É IMPRESSIONANTE a miséria desse discurso de PSOListas e PTistas metidos a “éticos”?! Até quando?!]), disse a talzinha, “porque” Lula propôs que o Brasil acrescentasse 10% ao tal fundo para ajudar os pobres. Para a talzinha, metida a “ética” (igrejeira, tosca, moralista, insuportável, autêntica UDN-da-Floresta!), o presidente Lula “deveria” ter “oferecido muito mais dinheiro”, “porque”, assim, “obrigaria” os ricos a darem muuito mais dinheiro ainda.

Estão vendo? Marina Silva, a UDN-da-Floresta, é herdeira DIRETA dos argumentos do Al-Gore: tuuuuuudo é questão de dar mais dinheiro prôs pobres (de fato, dar mais dinheiro pros ricos que vivem nos países pobres!). Isso é puuuuuuuuura UDN-da-Floresta! XÕ!

Importante, sobre esse negócio todo é aprendermos a ver o que poucos viram, até agora: Copenhagen NÃO FRACASSOU. Aconteceu apenas que, em Copenhagen, assistimos ao último ato da farsa “ecológica” (em tudo semelhante à farsa “ética”) movida PELOS interesses dos ricos.

Ontem, na televisão francesa, ouvi um militante das ruas de Copenhagen, dizer a coisa mais simples: “Copenhagen foi o fracasso de Obama”. Lamentável, de fato, mas, ali, Obama fez o discurso de um Mike Tyson já barrigudo, em final de carreira. O que se viu em Copenhagen foi um Obama super cenográfico, coitado, no lamentável papel de ter de mostrar-se forte e potente, quando, de fato, a única coisa que tinha a dizer era de dar pena: “Entendam a minha situação, please! Eu não posso destruir 20 milhões de empregos de eleitores norte-americanos, só por causa de uma África aí qualquer! Minha avó africana que me desculpe, mas... agora, não vai dar!” Como não podia dizer isso... tentou falar grosso. E a fala saiu grosso-fino-de-dar-dó. (Fala grosso-fina-de-dar-dó, aliás, é perfeita tradução daquele conversêzinho fiado de Marina Silva, a insuportável [risos, risos! Desculpem o auê, mas... aquela falinha lá da Marina Silva, igrejeira, metida a “ética”, é fala de bispa. DETESTO essa gente!).

O parágrafo seguinte desse mesmo papim de Obama (de quem tá por baixo, mas, porque se faz de “ético”, se acha “necessariamente perfeito & justo”... É o discurso da UDN-da-Floresta, dessa Marina Silva insuportável: tooooooooodo mundo aí caiu no conto da ecologia à Al Gore [e dançô]).

Vencedores, em Copenhagen foram AS RUAS, os muitos, cujas vozes apareceram manifestas nos discursos de Lula, Chavez, Evo, Ahmadinejad.

Por tudo isso, insistir em falar em "Guerra Fria" é erro grave: é como “declarar” que os EUA ainda seriam "grande poder opressor". Podem até ainda ser poder e opressores (no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão, na Palestina). Mas já não são grande-poder.

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COPENHAGUE

A NOVA GUERRA FRIA. O AQUECIMENTO GLOBAL


Laerte Braga (***)

Para o governador de São Paulo, José Collor Serra, serviu para arrematar seu ataque desfechado a partir do Brasil contra o governador de Minas, Aécio Neves, acertar as contas com José Arruda (estava sendo chantageado, “se cair levo todo mundo comigo”) e se fazer visto como cidadão do mundo, apto a presidir o Brasil, caminhada que vem tentando desde 2002.

Gastou os tubos do dinheiro público, já que foi com comitiva, cumplicidade da grande mídia brasileira (toda compradinha e no bolso dele) e de quebra, reuniu-se com o governador da Califórnia, aquele ator de nome com grafia complicada e conhecido como Exterminador do Futuro. E que governa um estado falido, até porque completamente por fora do assunto disse que “Copenhague já é um sucesso”. Em sua ótica sim, recebe dos donos do mundo. Collor Serra é a aposta deles para o Brasil.

Para o mundo não resolveu problema algum, reforçou a certeza do descaso das grandes nações, as chamadas ricas, diante dos problemas ambientais resultantes da emissão de gases na atmosfera e nem Obama, quando percebeu o volume das manifestações populares na Dinamarca e no mundo exigindo mais que o marketing barato da Cervejaria Casa Branca, tentou algo além de uma jogada chinfrim para dizer presente e pronto.

A extinção da União Soviética, erro denunciado pelo próprio Mikhail Gorbachev (principal responsável pelo fato, imagem de estadista, dimensão real de político de segunda categoria), não trouxe o fim da guerra fria.

Ressurge, não tanto como a concebíamos à época, mas na luta de governos populares e algumas nações ditas emergentes, por algo mais que evitar o vapt-vupt das bombas nucleares, mas o efeito devastador que o capitalismo provoca com seu “progresso” e toda a tecnologia de destruição, imperialismo, as novas versões do colonialismo, numa espécie de governo de terror mundial imposto pela globalização.

A Al Qaeda, por exemplo, causa danos bem menores que a ação predatória e criminosa dos Estados Unidos. São em larga escala. Quando no filme DOUTOR FANTÁSTICO de Stanley Kulbrick, um general boçal (são raros os generais não boçais) fala em “vamos para as cavernas”, estava apenas retratando a visão do genial diretor sobre o futuro de um mundo massacrado pela insânia do abismo nuclear.

O abismo hoje é outro.

Azril Bacal é um sueco que não integra nenhum movimento social, não faz parte de nenhuma ONG, mas deslocou-se a Copenhague na leva de seres humanos que para lá foi na esperança de algum gesto ou decisão no sentido de salvar o planeta.

Triunfaram os predadores.

“Después de 3 horas de sueño, partí a las 03.00 desde Copenhagen para Uppsala, en una jornada increíble de retorno, cuyos detalles constituyen un microcosmos revelador del entorno que nos rodea...

Resumiendo, hasta las 03.00 los participantes de la reunión de los "mano puliti" no habían logrado un consenso mínimo para un acuerdo razonable, negociado, para enfrentar y resolver la crisis climática, a pesar de los intentos de presión y manipulación bilateral, tradicionales de los poderes coloniales y neocoloniales para dividirnos y controlarnos ("divide et impera")”...

“Gracias a la presencia en el Bella Center de unos pocos gobiernos aliados de los Movimientos Sociales - y por lo tanto, de la Madre Tierra y de la Humanidad, ya no es tan fácil doblegar la voluntad del G-77, como estaban acostumbrados los poderosos/privilegiados de todos los tiempos.

No debemos sorprendernos si Obama saca un conejo del sombrero a última hora, para intentar satisfacer a una galería que ya no se deja satisfacer las medidas convencionales de pan, circo, fútbol, porno y/o alguna guerra inventada con un país vecino, para distraer a la opinión pública, manipulando los sentimientos nacionalistas, como estamos acostumbrados en América Latina”

O relato de Azril mostra o tamanho e a dimensão de Evo Morales e seu discurso propondo uma organização alternativa às Nações Unidas para que o mundo sobreviva, encontre caminhos alternativos ao modo colonial dos poderosos e surpreendeu a lucidez de um índio boliviano, reeleito com mais de dois terços dos votos de seu povo, há duas semanas.

E relata.

“Les contaba que anoche iba camino a escuchar a Evo - y lo logré y valió la pena, compañer@s, camaradas, hij@s, niet@s y amig@s. VALIÓ LA PENA :-)

El lenguage de Evo es receptivo a nuestras voces. Entre los momentos preciosos de su discurso nos propuso un plebiscito planetario de 6 puntos, terminando con la consulta/pregunta si aceptabamos la creación de un Tribunal Popular para juzgar/condenar a los países y empresas culpables de dañar a la Madre Tierra, agravando y no ayudando a resolver la Crisis Climática :-)

Creo que las palabras sabias y promisoras de Evo coinciden con las reflexiones del 17/12 de ir preparándonos para organizar la Asamblea Planetaria de los Pueblos, por medio de la cual lograr una "Gobernabilidad" al servicio de los Pueblos del Mundo y no de los intereses mezquinos establecidos por las aristocracias, las plutocracias y los gobiernos a su servicio. Algo así como una ONU de nosotros Los Pueblos del Mundo, para lograr, finalmente, construír Estructuras/Culturas sustentables de Justicia, Paz y
Solidaridad/Amor.

Con estas palabras, este veterano se despide por hoy, fatigado, dolido e increíblemente inspirado y esperanzado, para atender asuntos más prosaicos como un poemario y un tratamiento para mis rodillas, dolidas y orgullosas por haber logrado, privilegiadamente, marchar con humildad, por mis hijos, por mis nietos, por las generaciones venideras y por la Madre Tierra y por toda la Humanidad”...

O fracasso dos donos, mostrado na ganância, na forma estúpida com que tratam nações que chamam de pobres ou emergentes. A forma desumana com que sobrepõem seus interesses e negócios. O terror do neoliberalismo foram descritos por Evo, segundo Azril a figura mais importante e reconhecida assim pelos milhares de manifestantes e forças que lá estavam para exigir de farsantes como Obama algo de concreto, para além das aparições acendendo árvores de Natal, ou servindo cerveja na Casa Branca, acabou por ensejar uma percepção que já era clara e cada vez vai se tornando mais transparente.

Outra vez a palavra de Evo na interpretação de Azril.

Para empezar, aunque te agradezco por la promoción, no soy un
dirigente social, al menos ni me veo ni quiero verme como dirigente
A duras penas, hago lo que puedo por las causas que me inspiran...
Ahora, lo más importante: Ayer fué un día de grandes victorias para el
movimiento popular planetario. Entre ellos, cabe mencionar que entre
200 y 300 personas en el recinto del Bella Center que se identificaban
con nosotros, decidieron e intentaron salir del recinto para
encontrarse con los marchantes y al menos un ó 2 delegados renunciaron
en protesta, tanto por la inoperancia de los "cumbristas oficiales"
como por la represión policial. El compañero Hugo Chávez elogio a los
marchantes durante su discurso, entre otros temas importantes. Se
logró reunir la Asamblea Popular. Los marchantes del primer bloc
entablaron diálogo con los policías que los custodiaban, recordándoles
de su condición humana, una señora los llamó de "sexys" y en ese
proceso algo se logró de humanización en estos policías, después de 4
horas de interacción - al punto de proteger a sus custodiados de los
otros policías que estaban dispuestos a golpear, como entrenados :-)
Sin duda, Evo Morales es el líder más popular entre los participantes
del KlimaForum, estableciendo un puente entre los Pueblos Indígenas -
cuando llegan al poder/gobierno y los movimientos sociales y las
diversas organizaciones de la "sociedad civil". Esta tarde a las 16.00
seremos muchos los que estaremos en el Valbyhallen para escuchar a
Evo, cuya voz es la voz de todos nosotros.
Esta noche regreso a Suecia, sabiendo que Cony, la Presidenta Danesa
de la Cumbre ha renunciado, lo que implica un fracaso de la Cumbre
Oficial y la emergencia de una instancia nueva en la historia de la
Humanidad que busca formas de articularse para, finalmente, gobernar
por el Bien Común...
Otros Mundos Posibles se están también construyendo a partir de
Copenhagen, en este histórico Diciembre 2009.

Temos uma nova guerra fria, curiosamente em contraponto, o aquecimento global. A perspectiva real de destruição do ambiente em curto prazo e em termos de História. A conduzi-la neste momento um prêmio Nobel da Paz que vai enviar 30 mil homens ao Afeganistão para “terminar o serviço”.

É a luta de sobrevivência da espécie e do ser humano como tal. A existência, a coexistência e a convivência em bases dignas e humanas. Não passa mais pela ONU, nem por organismos oficiais controlados pelos senhores do terror democrático, cristão e ocidental.

Passa pelas vozes de índios. De todos os povos do mundo, mas ao largo do que chamam ordem instituída.

Essa é mortal e Copenhague tem dois lados. O deles, donos, cínicos e sem resposta porque não se importam com a vida em si. O outro, pela construção do mundo alternativo percebendo que as portas que se abrirão a todos nós não estão nas palhaçadas eleitorais de José Collor Serra, figura menor nessa conversa, aqui um exemplo, ou nos coelhos que Obama tenta tirar da cartola para que JORNAIS NACIONAIS mostrem o “líder da mudança”.

E a culpa certamente não é do Irã. Nem do MST. Muito menos dos milhares de civis que morrem de fome diariamente em todos os cantos do mundo.Fome à qual se soma a doença do colonialismo capitalista. E tampouco dos palestinos que têm sua água roubada pelo povo eleito de Israel.

Copenhague é um marco divisor. Não temos nada a ver com essa tragédia deliberada e orquestrada a partir de um tsunami de “progresso”.

Mas com a luta que é a mesma dos tempos da guerra fria. Pela liberdade e agora mais que nunca, pela espécie humana e seu caráter humano.

Obama e os donos são meros bonecos infláveis montados e exibidos na mentira do capitalismo.

É mais ou menos “quem quer um bom dia diga eu” e depois escolha a gravata do robô da verdade única de um mundo em marcha acelerada para a extinção, ou quem quer um mundo onde seres humanos não seja reses nesse espetáculo de desvario de senhores graves e de linguagem técnica, mas que não entendem nada de vida, são apenas os exterminadores do futuro.

Quando Bill Clinton, no célebre debate com Bush-pai proclamou que "é economia seu estúpido", estava apenas definindo o conceito que norte-americanos e seus parceiros têm da humanidade. Para além daquela eleição. Ate porque a linguagem dos Bush ainda é a do tacape.


(*) Editor-Assaz-Atroz-Chefe

(**) Linguista formada na USP, tradutora e editora de texto

(***) Jornalista, colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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PressAA

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