segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

CONCURSO PÚBLICO - Concursus - em latim significa ação de correr juntos



CONCURSO PÚBLICO          

Concursus - em  latim  significa ação de correr juntos
                                                                           
Tarcísio Barbosa*

            A maioria dos brasileiros sonha conquistar um emprego público.   A busca da estabilidade no emprego, que ocorre após um ano de trabalho, do status social, dos bons salários, da aposentadoria diferenciada é o que todos nós almejamos.

            A história registra que a China foi o primeiro país a instituir o concurso público. Para ser mandarim, tinha que fazer concurso. A época se perde nas brumas do tempo. Como se vê, é um procedimento muito antigo.

No Brasil, a constituição de 88 tornou obrigatório o preenchimento de todos os cargos  públicos via  concurso  em todas as esferas – federal, estadual e municipal. Sem exceção.  É a primazia da competência sobre o compadrio, o pistolão, o apadrinhamento.  Em que todo mundo tem a mesma chance.  Pobre, rico, religioso, ateu, feio, bonito, branco, preto, hétero, homo.

            E os concursos? Esses movimentam toda uma rede econômica. Desde as empresas que organizam os concursos, passando pelos cursinhos e professores que preparam os alunos, editoras que publicam material  de estudo, sites especializados. Todos ganham dinheiro. Calcula-se que só os cursinhos e editoras faturem cerca de 150 milhões de reais por ano.

            E o sucesso? Num concurso, o candidato não tem só que se sair bem, ele tem que se sair melhor do que os outros,  seus concorrentes. Aí é que está o desafio. Como chegar lá. Estudando, estudando muito. Não menos que oito dez horas por dia. Com afinco. Determinação. Renunciar a quase todas as boas coisas da vida. Férias, farras com os amigos. Navegações sem rumo na internet. Novelas. Namorada(o). Teatro, cinema, e tantas outras coisas por aí muito melhores que estudar. Aliás, estudar é um trabalho extremamente duro. Eu que o diga, pois tenho passado boa parte da minha vida estudando. Por isso é que muita gente não estuda, mesmo tendo ótimas oportunidades como aqui em Viçosa, onde conheço muita gente que passa ao largo da nossa universidade. Muitos  concursos exigem anos  de preparo,  daí ter surgido o  concurseiro -  aquele que vem se preparando com afinco para  concursos.  Não pense que você vai passar num concurso com facilidade, que não vai. A cada dia os concursos ficam mais concorridos em razão da socialização do acesso ao ensino. O que eu acho ótimo! Se você não se preparar, você vai passar é vergonha. Se frustrar.

Em disputas concorridas, todos estão pra lá de preparados nas matérias gerais.  Em português, matéria comum a todos os concursos, a redação é que pega, e muitas vezes faz a diferença. Não basta apenas obedecer às regras gramaticais relativas à regência, concordância, ortografia, correlação dos tempos verbais, coesão textual, entre outras. É importante não se afastar do tema proposto nem tergiversar. Na introdução você esclarece o tema, no desenvolvimentos você realmente desenvolve  e conclui  o que você disse.  Escreva da maneira mais simples possível, tão simples que qualquer pessoa possa entender seu pensamento.

Se você fez tudo certinho, mas não passou, não se desespere. Prepare-se para o próximo.  Vá fazendo concurso até passar. Na minha família já houve gente que passou no primeiro concurso e que passou no sétimo.   

*Tarcísio Barbosa, 70, engenheiro agrônomo, MSc. em Fitoctenia, professor de português, escritor, faz revisão de texto (31) 9965.2362/3891.3475. jtbarbosa500@yahoo.com.br – Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Os Três Desafios de Dilma Roussef


Coluna Econômica - 01/7/2013

O governo Dilma Rousseff tem três desafios.

O primeiro, superar o momento atual do esculacho, o enorme desabafo nacional que sacudiu todo o país. Os movimentos já atingiram o epicentro e começam a refluir.

O segundo, o de recuperar o protagonismo político e abafar o movimento “volta Lula”, ensaiado por setores do PT e do empresariado.

Bancada por duas grandes empreiteiras, recente pesquisa de opinião analisou perdedores e ganhadores do movimento das ruas. Dilma e Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) caem, Dilma um pouco mais, Alckmin um pouco menos. O PT despenca e, junto com ele, o PSDB e Aécio Neves. Marina Silva sobe um tanto e Lula sobe mais.

Um eventual crescimento do sentimento “volta Lula” teria consequências imprevisíveis sobre a fervura política do país, razão pela qual o próprio Lula tem demovido os entusiastas de sua volta.

O fim antecipado do governo Dilma lançaria a economia em mares revoltos, justamente no momento em que haverá turbulências de monta com a decisão do FED (o banco central dos EUA) em voltar a subir os juros. O país poderia chegar às eleições caindo aos pedaços.

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Sobre o quadro econômico, há a certeza, em setores influentes do empresariado e da própria oposição, da importância de não se permitir o desmanche do governo Dilma.

Também  não há interesse em criar uma instabilidade tal que provoque a volta de Lula – como candidato ou em uma eventual chapa com o governador pernambucano Eduardo Campos.

Todos esses fatores são elementos de fortalecimento de Dilma.

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Na última semana, Dilma recuperou o protagonismo político com a proposta de plebiscito para a reforma política e a abertura dos portões do Palácio para interlocutores dos movimentos sociais e de minorias, das centrais sindicais e de outros órfãos do governo.

As lideranças rurais a estimam, as lideranças empresariais acreditam nas suas boas intenções, mas duvidam da sua capacidade operacional.

Assim como nos campeonatos de futebol, Dilma depende de seus jogos para se classificar.

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Terá que mostrar que efetivamente mudou o estilo de governança. As provas passam pela redução da centralização excessiva da sua gestão, pela criação de canais institucionais de participação. O anúncio de uma rede social para que as minorias possam se expressar mostra que entendeu os novos tempos, mas não basta.

Para descentralizar, terá que montar um Ministério competente.

Houve erro nas escolhas de Ministros ou na sua alocação para áreas que não dominam. Aloizio Mercadante seria um ótimo articulador na Casa Civil. No Ministério da Educação, praticamente interrompeu os avanços da gestão anterior.

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No meio empresarial, o grande desafio de Dilma será a próxima rodada de concessões. Se bem sucedida, recupera parte das esperanças perdidas; se mal sucedida, queima a última oportunidade de turbinar a economia no seu governo. Este é o segundo fator relevante.

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O terceiro passo será completar o mais rápido possível os dois passos anteriores, para entrar inteira no grande desafio de enfrentar as turbulências externas e os problemas na conta corrente do país.




"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso"

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons (Charge extraída de Dilma é toda sedução ao PSB na charge de Samuca (DP))

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sábado, 22 de junho de 2013

O Náufrago e o Escrevinhador brindam coquetéis molotov no Bar São Jorge




Esquerda x Direita na avenida Paulista; MPL denuncia “ares fascistas” em SP

publicada sexta-feira, 21/06/2013 às 00:51 e atualizada sexta-feira, 21/06/2013 às 03:25
A mordida do fascismo; monstro emergiu da lagoa
por Rodrigo Vianna
A marcha em São Paulo, nesta quinta-feira (20/06), foi convocada pelo MPL (Movimento Passe Livre), para comemorar a vitória obtida – com a redução nas tarifas de ônibus e metrô. Era pra ser uma festa. Virou mais um sintoma preocupante do avanço da extrema-direita nas ruas. É o que mostra a foto acima (Portal Terra): um manifestante morde a bandeira do PT. Outras bandeiras foram queimadas. Nenhuma era de partidos de direita, como PSDB ou DEM. Não. O ódio “anti-partido” tem um sentido muito claro. 

Eu estava lá. Vi de perto. Como já acontecera em outras manifestações nas últimas duas semanas, grupos organizados – e que se dizem “apartidários” (o que, aliás, é um direito de qualquer cidadão) – tentaram impedir que os partidos políticos e as organizações sociais eguessem suas bandeiras na avenida Paulista. Agrediram militantes do PSTU, xingaram a turma do PSOL e ameaçaram a militância do PT. Na minha frente, um homem com capacete de motoqueiro e jaqueta de couro tentou bater numa senhora com mais de 60 anos, que carregava uma bandeira vermelha. “O PT não vai sair dessse quarteirão, não vamos deixar o PT pisar aqui, é a nossa avenida”, ele gritava descontrolado.

Mas o motoqueiro selvagem foi afastado a pontapés. E o PT marchou. Não eram muitos os petistas. Mas estavam lá, num gesto simbólico de que o partido precisa voltar para a rua. Será que aquele era o momento? Daquele jeito? Naquele cenário? Temo que não tenha sido uma boa idéia.

Acho que há bons motivos – sempre – para criticar os partidos. Faz parte da Democracia. O PT, especialmente, pode ser criticado por ter cedido demais aos “acertos de gabinete”. Mas querer impedir – na marra – que partidos e organizações sociais participem de um ato público não tem outro nome: fascismo.  No Portal Terraleio: “MPL deixa ato e diz que direita quer dar ares fascista a protestos”.

Allende, depois de uma passeata de jovens apartidários no Chile (foto e legenda retirados do Conversa Afiada)
Motoqueiro selvagem queria expulsar PT da Paulista
Não é nenhum exagero. Quem estava lá na Paulista sentiu de perto. O clima de ódio era tão grande que a manifestação adotou um formato curioso: em uma faixa da avenida, marcharam o MPL, seguido por UJS, UNE, MST e por militantes de partidos como PT, PSOL, PSTU e PCO (esses três bastante críticos em relação a Dilma e ao PT).

A esquerda foi hostilizada seguidamente e o alvo principal era o partido de Lula.  “Ei, PT, vai tomar no cu”, gritava um grupo de jovens de clase média, bem a meu lado. O curioso: quem passava por eles carregando bandeiras vermelhas não eram petistas, mas adeptos do PCO. Eu disse isso a um dos rapazes: “olha, esses aí não são do PT”. E ele: “não? Ah, mas são todos comunistas”.

A direita babava. E se sentia forte. Jovens bombados, meninas bem-vestidas e a turma de engravatados que saía dos escritórios gritavam: “o povo, unido, não precisa de partido”. O mote ecoava entre jovens de periferia, skatistas, secundaristas, além de famílias nitidamente de classe média. Tentei conversar com um desses jovens: “rapaz, a última vez que fecharam ou proibiram partidos no Brasil foi na ditadura”. E ele, com mais revolta do que ódio: “Não quero saber, nos partidos só tem vagabundo”.

Tentei seguir na argumentação (juro que tentei, apesar do barulho e das hostilidades): “mas muitos desses partidos é que ajudaram a construir a Democracia que permite a todos nós estar na avenida”. E ele: “foda-se”.
Essa turma dos “sem-partido” marchou pelo lado oposto da Paulista… As duas marchas seguiam lado a lado, com muitas hostilidades. Militantes da esquerda montaram um “cordão de isolamento” para evitar que os fascistas mais exaltados conseguissem arrancar bandeiras ou agredissem as pessoas.

Pouco antes de a marcha (sempre bipartida) chegar ao prédio da Fundação Cásper Líbero, um grupo mais exaltado de direita atacou. Alguns usavam capacetes, outros tinham camisas com inscrições de lutas marciais. Um amigo disse que viu um sujeito com taco de beisebol na mão. Os agressores invadiram a marcha da “esquerda” e criaram um impasse. Naquele momento, poderia ter havido um conflito de grandes proporções.
Vi militantes de esquerda, naquele momento, recolhendo bandeiras e se dispersando. Tinham conseguido marchar pela Paulista. Mas a direita mostrara mais vontade de combater.

Dez minutos depois, surgem a meu lado dois rapazes do MPL – desolados. O ato de “festa” tinha sido dispersado na porrada. O MPL tentou reorganizar a bateria à frente da caminhada, e retomar as palavras de ordem por transporte público de qualidade. Mas a maioria já não queria ouvir.

“Chega de corrupção”, “Fora Dilma”, “PT Lixo” eram as palavras de ordem que dominavam a Paulista às 8 da noite..

O MPL já percebera, dois dias atrás, a tentativa da direita de tomar o movimento. Nas redes sociais, isso está claro – como escrevi aqui. Hoje, a esquerda tentou marcar posição. Conseguiu só em parte. O fascismo botou a cabeça pra fora. O monstro emergiu da lagoa.

Claro que a manifestação não foi só isso. Havia muitos militantes LGTB, com palavras de ordem contra a inacreditável “cura gay”, e pedindo o afastamento do deputado Feliciano. Havia centenas de cartazes “contra a PEC 37″ (um protesto justo, ainda que claramente instrumentalizado pos setores conservadores).

O mais chocante: chego em casa e vejo a cobertura na GloboNews. O canal da família Marinho diz que a manifestação em São Paulo foi “uma grande festa da democracia”. Nenhuma palavra sobre as hostilidades contra a esquerda. Nenhuma imagem de bandeiras queimadas ou arrancadas. Será que a Globo não viu? Ou viu e achou que isso faz parte da festa?

A pauta da GloboNews, da Globo e da Veja ganhou a parada na avenida Paulista. Não foi de goleada, mas a direita ganhou. Dilma ainda acha que o controle remoto resolve? Anos de bombardeio midiático estão se cristalizando nas ruas, brotando em cartazes feitos à mão.

Era curioso ver todos os partidos de esquerda, juntos, resistindo aos fascistas. A direita gritava enfurecida: “Sem partido”.  A turma da esquerda devolvia: “Sem fascismo”. Isso o Brasil não viu na Globo News. A emissora (e dizem-me que o JN fez cobertura parecida) tentou criar um clima de “civismo” unificado, contra a bandalheira.
Foi assim que a direita encurralou Vargas em 54. Foi assim que se iniciaram os ataques a Jango em 64.
Pelo que vi hoje em São Paulo, sigo acreditando que esse é um movimento em disputa. A esquerda organizada entrou na luta (talvez de forma atabalhoada). Mas por enquanto está perdendo a batalha simbólica.
Quem está ganhando? A direita fascista (pelo menos em São Paulo foi o que vi). E a pauta do “civismo” da Globo.

Em outras cidades brasileiras, ganha o jogo uma espécie de caos: sem bandeiras claras, impera o “cantemos o Hino Nacional contra tudo que está aí”. Ou o cerco ao Congresso Nacional. Louvado como “ato de coragem do povo”.  

O jogo ainda precisa ser jogado, até o fim. Mas os sinais não são bons. E vejo que não sou o único preocupado.
A sugestão mais ponderada ouvi de meu filho de 16 anos; “acho que tá na hora de parar, pensar com calma, e lutar por uma causa de cada vez”.

É isso. A esquerda teve uma vitória com a redução das tarifas. Precisa encontrar foco pra seguir na rua.  E enfrentar a pauta da direita. Com coragem. O caldo de cultura que vi em São Paulo mostra que há uma avenida aberta para uma direita que não é mais “neoliberal”. Mas muito pior. Uma direita que gostaria de fechar os partidos e viver num mundo  onde o povo se dissolve gostosamente numa unidade artificial – sem partidos, sem os detestados “políticos”.

De novo: que outro nome dar a isso, se não fascismo.

PS: parece que a maioria silenciosa começa a se manifestar, preocupada com a forma que os protestos vão assumindo. Dilma marcou reunião de ministério e deve falar ao país nessa sexta-feira.

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Celso Lungaretti [Colaborador desta Agência Assaz Atroz]

A REVOLUÇÃO NÃO É O CONVITE PARA UM JANTAR

"A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra."

Não sou fã incondicional do velho Mao Tsé-Tung, mas ele tinha lá seus momentos. Esta frase é uma pérola.

Muitos companheiros estão assustados com o rumo que os protestos de rua tomaram em Sampa. Como a participação da direita fardada foi catastrófica, agora é a direita de jeans que reage ao movimento, com mais argúcia.

E, também, com uma aparente forcinha do PT. Não dá para acreditarmos que o Rui Falcão mandasse militantes embandeirados para o olho do furacão sem prever que seriam hostilizados. Meu palpite é bem outro: ele queria que acontecesse exatamente o que aconteceu.

Era óbvio que a direita, em qualquer ponto do caminho, tentaria transformar a rejeição generalizada aos podres Poderes numa rejeição individualizada ao Governo Dilma. E é óbvio que a presença ostensiva dos  petistas facilitou a jogada, pois quase todos que estavam na manifestação paulistana eram contra eles, por um ou outro motivo.

Luta política de verdade é assim. Também em 1968 nos defrontávamos com núcleos de estudantes reacionários dos cursos de Exatas da USP, com os agrupamentos fascistas existentes no Mackenzie, etc. A revolução não é o convite para um jantar.

Eu seria capaz de apostar que, já na próxima manifestação, os  indignados  paulistanos restabelecerão o foco correto.

E deixo registrado meu total repúdio à falácia das redes virtuais petistas, que tentam desqualificar em bloco a mais importante luta social brasileira deste século. 

Trata-se de um fenômeno novo e temos de apostar que a vertente revolucionária nele acabará prevalecendo... ou, simplesmente, não há mais esperança para nós. Pois da esquerda palaciana já não podemos esperar nada, em termos revolucionários. 

Ela se tornou definitivamente reformista, empenhada apenas em manter sua atual posição de mera gerenciadora do capitalismo, mediante a distribuição de algumas migalhas a mais para os explorados. E não, jamais, nunca, de maneira nenhuma, a fatia completa do bolo a que eles têm direito.

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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