domingo, 30 de agosto de 2009

As praias paulistanas do Tietê continuam lindas!


Alyda Sauer

É impressionante como o Jornal da Band não deixa passar um dia sem inventar alguma mazela para a cidade do Rio de Janeiro.

Hoje o [Ricardo] Boechat disse, com indignação estampada nos belos olhinhos azuis, que as praias mais lindas do país estão cada dia mais violentas e perigosas... A reportagem filmou grupos de negros na praia conversando tranqüilamente e entrevistou um garotão que falou de uma briga que presenciou na semana passada, que segundo ele parecia ser de "facções" rivais dos morros da zona sul.

Meus filhos vão à praia todos os fins de semana, em pontos desde Copacabana até o Leblon, e não vêem nem ouvem falar de qualquer tumulto há anos. O que contam, isso sim, é que todo final de semana ocorre alguma briga das facções de pitbulls brancos de olhos azuis, nos bares e boates do Leblon e da Barra da Tijuca.

Essa foi só mais uma notícia tendenciosa contra o Rio, mas podem reparar: todos os dias inventam alguma. Talvez seja uma "guerra santa" do turismo, SP x Rio, fora a mania da mídia de pintar um quadro de violência muito maior do que aqui existe...

Alyda Sauer é tradutora, paulista, radicada no Rio de Janeiro, e colaborou com a nosssa AAA-PressAA nos fornecendo esta esclarecedora nota.

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PressAA

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domingo, 23 de agosto de 2009

Raul Longo divulga carta de Artur Peres



Raul Longo

Eu tento explicar para o Arthur Peres e peço para ele imaginar a possibilidade de algum dia o PT voltar a ser oposição. Pergunto se ele acha que o PT precisaria estar inventando escândalos por causa de caixa 2, como do Eduardo Azevedo quando presidente do PSDB, ou pela compra de votos para mudar a Constituição, como fez o Serjão para o projeto de perpetuação de poder do FHC. Claro que o PT não precisaria ficar especulando sobre um mero encontro de uma secretariazinha qualquer com algum Ministro.

Para o PT, se voltar a ser oposição, será só lembrar quem pagou uma das maiores dívidas externas do mundo, os milhões de pessoas resgatadas da miséria, as tantas comunidades beneficiadas pelo Luz para Todos, a contenção da inflação, o aumento real do salário e seu poder aquisitivo, a retomada do emprego formal e o crescimento do país, a transformação do Brasil de devedor a credor internacional e com reservas suficientes para transformar a crise mundial em mera marola.

Agora, o que é que os DEMO/TUCANOS e seus aliados podem lembrar? Que triplicaram a dívida do país a cada crise pontual em algum país do outro lado do mundo? Que terminaram o governo com um apagão que deu de prejuízo ao país o valor de 5 hidroelétricas de grande porte? Que promoveram o maior desemprego já sofrido no país? Que congelaram os salários por 8 anos? Que elevaram os juros à 40% ao ano e etc., etc., etc...?

Explico isso tudo pro Arthur, mas ainda assim ele continua indignado e me pede para divulgar essa carta que escreveu para a mídia. [Nota da PressAA: Essa mesma! A banda mais forte e mais apodrecida do oligopólio midiático brasileiro, aliada da ditadura criminosa e que promoveu a mentira Collor de Melo e o fracasso do Plano Real].

Como a carta do Arthur é de uma lógica insofismável, atendendo ao seu pedido, aí está...


Senhores da mídia

Sou engenheiro aposentado e acompanho nossa história republicana com um misto de prazer e horror. Prazer por possibilitar-me o entendimento de nossa história em várias áreas bem como os movimentos políticos que a constituíram. Horror pelo fato de observar que a quase totalidade dos meios de comunicação agiu sempre no sentido de guindar ao poder partidos com características conservadoras, sempre de costas para o povo brasileiro e visando exclusivamente seus próprios privilégios.

Aqui é preciso analisar a história do Partido dos Trabalhadores e dizer que perdi a memória, tantas foram as vezes, desde sua fundação, que os meios de comunicação tentaram acabar com esse partido. Até 2002, a oposição exercida pelo PT ao poder de plantão, jamais foi levada a sério por esses meios de comunicação. Nas vezes que o partido apresentou propostas e projetos para melhorar a vida do povo brasileiro e defender a soberania do Brasil, lá estava a mídia para censurá-lo e desmerecê-lo perante a sociedade.

Antes da ascensão de Lula ao poder essa mídia intensificou os procedimentos para desqualificá-lo, editorializando mensagens que davam conta de que o país entraria no caos caso o PT tomasse o poder. Com a vontade da maioria do povo, Lula assumiu a Presidência em 2003 tendo praticamente toda a mídia contra si. O mesmo se repetiu em 2006 quando Lula disputou o segundo mandato, tendo a mídia jogado pesado para beneficiar seu candidato preferido - o inexpressivo Geraldo Alkmin.

Nesses 7 anos de governo Lula, observou-se pela primeira vez na história do Brasil que a oposição existia. Os meios de comunicação dão amplo destaque à essa oposição, mesmo estando ela totalmente paralisada pelos resultados do atual governo. Jamais observou-se - até o final do governo FHC - tanta importância para o que diz e faz a oposição, atualmente exercida pelos tucanos, ex-PFL e políticos conservadores/reacionários.

Está fresca em nossa memória o brutal cerco sofrido pelo governo e pelo PT quando dos eventos surgidos com a irresponsável denúncia terrorista praticada pelo Roberto Jefferson dando conta do mensalão (até agora nada provado). Dai a tentativa constante de desmoralizar o PT levando jornalões, revistas semanais, telejornais e emissoras de rádio a construir consensos num extraordinário movimento, levado avante pelos seus jornalistas assalariados, no sentido de pespegar ao PT uma imagem não confiável e apresentando seus políticos como fracos e corruptos.

Políticos sérios do partido (que alguns da mídia chamam de sigla) envolvidos com a construção de um país mais livre e justo foram obrigados a deixar o governo e o noticiário político para se evitar crises que abalassem a República e a sua governabilidade. O noticiário permanentemente denuncista tentou jogar na lama o nome de José Dirceu, Genoino e muitos outros. Quando tiveram êxito, esqueceram esses políticos voltando-se a outros com a mesma fúria denuncista.

Gente da oposição - nunca incomodados em sua trajetória de privilégios - tiveram seus nomes retirados dos noticiários. O ex-senador Jorge Bornhausen chegou a pedir o impedimento do PT e esse disparate teve amplo destaque na mídia. As tentativas de defesa do partido, nesse episódio, não receberam o destaque merecido que jornais, TVs, revistas (com total liberdade permitida pela nossa Constituição) deveria proporcionar.

A última grande investida contra o PT e o governo Lula surgiu há algumas semanas. A mídia brasileira -agindo como um partido político - voltou-se contra um símbolo do negro passado desse pais, conhecido coronel que serviu à ditadura (que a Folha de São Paulo vergonhosamente cunhou de "ditabranda") e que sempre esteve no poder. Jornalistas independentes, historiadores, cidadãos conscientes do ponto de vista político lembram que até 2002 as tentativas de se investigar a fundo esse coronel e políticos corruptos, donos de capitanias, foram convenientemente esquecidas pelos jornalistas assalariados que hoje trabalham em grandes empresas de mídia.

Esse coronel cometeu um grave erro em sua biografia ao dar apoio a um governo que conta com 80% de aceitação do povo brasileiro. Começou a ser admoestado por seus pares (a oposição a Lula) que até então participaram das patifarias cometidas pela maioria dos senadores conservadores, presentes no Congresso há décadas! Nesse episódio os meios de comunicação mostraram claramente sua verdadeira obsessão em acabar com o Partido dos Trabalhadores, aproveitando para intrigar o povo com o Presidente Lula.

Seguramente essa não será a última tentativa de acabar com o PT. O próximo alvo a ter sua reputação destruída é o senador Mercadante. O objetivo, ademais, é liquidar com as chances da continuidade do terceiro mandato de Lula, com a Ministra Dilma. Novas denúncias virão para deixar a imagem do partido político arranhada e comprometida com a moral (sem ética) pregada pelas novas vestais da moralidade presentes nos partidos de oposição.

Diversos governadores, prefeitos, deputados, senadores e políticos do PT ficarão na história - que as gerações futuras conhecerão através da imprensa estrangeira - comprovando que o partido sempre trabalhou pela democracia e progresso da nação. É possível que alguns integrantes do partido tenham desonrado sua história, mesmo porque o partido não é constituído de anjos infensos ao mal. Os que desonram o partido serão punidos e julgados pela justiça e pela história. Mas são poucos. É pena, também, que alguns políticos do partido tenham se acovardado e deixado que o denuncismo dos diversos setores da mídia lhes atingissem suas honras e suas biografias.

Todavia, os resultados obtidos pelo atual governo e os diversos atores a serviço do Partido e do Brasil nunca serão escondidos pelos meios de comunicação, hoje empenhados no denuncismo. Toda a censura imposta ao PT, seu milhão de filiados e ao Presidente Lula, está fadada ao fracasso. A mídia, desrespeitando a inteligência do povo, pode enganar durante algum tempo parcelas pouco críticas da sociedade. Não conseguirá enganar todos por muito tempo. O PT sobreviverá e assistirá a ruína de todos os inimigos da povo brasileiro."

Arthur Peres


Raul Longo é jornalista, escritor e colabora com a AAA - PressAA
www.sambaqui.com.br/pousodapoesia

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PressAA

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Laerte Braga justifica o filósofo Tim Maia

http://www.manohead.com/


O DESMANCHE DO PT – E DE LULA


Laerte Braga


Há um pensamento dominante entre petistas que qualquer crítica ao governo Lula signifique apoio, ou consentimento, ou ajuda, a manobras tucano/democratas para eleger José Serra em 2010. Ou o tresloucado governador de Minas Aécio Neves. Petistas não têm o hábito de olhar para o próprio umbigo e perceberem os equívocos cometidos pelo governo Lula e pelo partido numa trajetória errática que, mesmo com os altos índices de aprovação do presidente, não o exime de críticas.

Uma coisa são as alianças podres do governo e outra coisa são os podres tucanos e fétidos democratas. Eu não votaria em Aluísio Mercadante para nada. Mas entendo sua decisão de renunciar à liderança da bancada do partido no Senado. Não votaria nele, mas há diferenças abissais entre Mercadante e Jereissati ou qualquer tucano. Mercadante é um sujeito decente, tucano não sabe o que é isso.

O problema é que Sarney é um dos cânceres da política nacional e como todo câncer precisa ser extirpado. Do contrário todo o organismo fica comprometido. E não há nenhum milagre no fato de Lula ser mais popular que FHC. Qualquer um que não seja tucano ou democrata em qualquer canto do mundo.

O xis da questão é que quando os eleitores se libertaram do jugo corrupto dos tucanos, do governo FHC, elegeram Lula para fazer o contrário. Lula não fez. Dourou a pílula, evitou uma ou outra das costumeiras besteiras de FHC, o caráter entreguista do governo, mas não foi além do “capitalismo a brasileira”, perfeita definição de Ivan Pinheiro.

E isso, evidente, porque há uma diferença de caráter entre o atual presidente e o ex-presidente. Lula não é bandido. Mas também não é mocinho.

A senadora Marina da Silva viveu na pele, sofreu, agüentou, tentou de todas as formas, que políticas ambientais – era o que lhe cabia no governo enquanto ministra – obedecessem ao programa do seu partido, o PT.

Esbarrou no pragmatismo de setores do governo e do partido, numa aliança inacreditável que levou, por exemplo, o norte-americano Henry Meireles (algumas pessoas chamam de Henrique) à presidência do Banco Central.

Em busca de uma “governabilidade” que não tinha nada a ver com os anseios e aspirações dos brasileiros que o elegeram, Lula juntou-se a partidos e políticos inaceitáveis em qualquer circunstância.

O que foi o mensalão? A jogada perversa, mas fria, planejada e pensada de um político ligado à ditadura militar, com postura de extrema-direita, mas corrupto confesso, Roberto Jéferson, em favor de tucanos.

Por detrás da postura de Jéferson havia apenas um jogo de interesses e o ex-deputado não fez nada daquilo por acesso de bom caratismo, até porque nada do que disse ficou provado até hoje. Ao contrário da compra de votos para aprovar a emenda constitucional da reeleição no primeiro governo de FHC. Mas Lula deixou-se enredar e cada vez mais foi atolando seu governo e seu partido num PMDB tucano, sob a batuta de Michel Temer e noutra faceta, a do coronelismo, sob a regência de José Sarney.


Existe algo maior que Lula e o PT. Não inventaram nem a esquerda e nem a luta popular. Se faz parte do governo uma figura com a estatura de Celso Amorim, ou do secretário geral do Itamaraty, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, do ministro da Saúde, que por sinal é do PMDB, José Carlos Temporão, fez parte até pouco tempo um embuste chamado Mangabeira Unger. Está no Ministério das Comunicações um político no mínimo complicado, Hélio Costa.

Quais os avanços reais e efetivos na reforma agrária? Por que a entrega de ponderável parte do pré sal?

A opinião pública foi iludida no governo FHC com a conversa fiada que privatizando o governo teria mais dinheiro para a saúde, a educação e políticas sociais de reais e efetivos avanços, na prática, o programa bolsa família, tocado com a competência e a seriedade do ministro Patrus Ananias (uma das exceções positivas), mas e daí?

O governo Lula caiu na armadilha da política rasteira de Brasília, uma espécie de ilha da fantasia e os aspectos positivos acabam se perdendo nessa “arraia miúda”, pagando o preço de defender um dos mais corruptos e venais políticos do Brasil contemporâneo, exatamente José Sarney.

O Senado todo é uma desnecessidade como afirma o jurista Dalmo Dalari de Abreu? Num projeto político de governo popular é sim. Não importa que existam cinco ou seis senadores decentes. A chamada Câmara Alta pratica a mais baixa forma de política.

Lula pensou pequeno.

A senadora Marina da Silva, à frente do Ministério do Meio-ambiente, tratou de defender interesses nacionais para além dos específicos de sua pasta.

A Amazônia é talvez o maior desafio para o País, ao lado do problema da Comunicação em poder de grupos controlados de fora. Por gente de fora. De olho na Amazônia.

Quando candidato a presidente Lula falava em projeto Brasil. Onde está? Nos acordos feitos com a MONSANTO para a produção de transgênicos? Na VALE privatizada? Na EMBRAER em mãos do capital estrangeiro?

Na PETROBRAS acossada dia e noite por bandidos do porte de Jereissati, FHC, Arthur Virgílio, de olho nas contas bancárias e nas contribuições das empresas estrangeiras do setor petrolífero?

Há dias a Marinha brasileira divulgou um comunicado oficial repudiando e desmentindo o jornal THE GLOBE (alguns conhecem como O GLOBO) sobre a questão dos submarinos movidos a propulsão nuclear. Já poderíamos ter pelo menos três desses submarinos tomando conta das costas, do litoral do Brasil e não o temos por conta do jogo de empurra e entrega do governo FHC e da falta de decisão do governo Lula. A decisão veio agora e como compensação política. Não como parte de um projeto de defesa da soberania nacional e da integridade de nosso território que passa pelo mar territorial brasileiro. São indispensáveis, os submarinos.

Pior ainda. A Aeronáutica brasileira está a mercê de interesses norte-americanos e de Israel no que diz respeito a ser reequipada com caças à altura das reais necessidades da segurança nacional. É um problema que rola desde os tempos de FHC e Lula não resolveu. Só procurou equilibrar-se na conversa de uma no cravo e outra na ferradura, ou em soluções paliativas.

Segurança não pode confundido com empregado do CARREFOUR levando um negro para um quartinho (a empresa é cúmplice, é bandida) pelo fato de ser negro e, portanto, suspeito de ser ladrão. Uai! FHC é branco. Sarney apesar de pintar cabelos e bigodes de preto é branco. E nunca ninguém levou os dois para quartinho escuro.

A política de Lula para a Amazônia, para além da questão ambiental, inexiste. Ou o que existe é um outro exercício de equilibrismo entre as mega concessões feitas a setores e grupos privados e as palhaçadas do ministro Minc com dados estatísticos que não comprovam coisa alguma no essencial.

Falta decisão política efetiva de uma integração latino-americana que exclui tropas no Haiti. E um monte de outras coisas.

Onde o governo Lula consegue avanços – e existem – é onde estão figuras que na verdade garantem o mínimo de credibilidade e visibilidade desses avanços. Do contrário seria só uma exibição fantástica de carisma de Lula, inegável, mas compreensível se comparado com alguém como FHC, uma figura que tipifica o ser amoral. Sem escrúpulos.

Ou você acha que Obama chama Lula de “o cara” por que?

O governo dá a sensação, outro ponto, que não atinou para a grave ameaça à soberania nacional e especificamente a Amazônia, no que diz respeito ao acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos. Sete bases militares para “combater o narcotráfico”? Ora, o narcotráfico, segundo o departamento de combate às drogas do governo dos EUA, está no governo colombiano. Em Álvaro Uribe.


E é o que menos importa. Importa o controle da Amazônia. Quando a GLOBO e outros se referem às FARCs como “terroristas” estão apenas tentando criar na opinião pública – e criaram – o monstro que devora criancinhas, mata idosos, não permite a democracia, quando no duro, as FARCs são um ponto de resistência ao avanço dos EUA sobre a Amazônia brasileira ou não.

Em seguida ao cancelamento da visita do presidente do Irã ao Brasil, o líder sionista (sinônimo de fascismo) que ocupa o ministério das Relações Exteriores de Israel apareceu por aqui para deitar falas sobre cooperação, de olho em comunidades palestinas no sul do País e na água, no controle da tríplice fronteira, onde agem às escancaras terroristas do MOSSAD.

Por que o governo brasileiro não rompeu relações diplomáticas com o governo golpista de Honduras? Qual a razão da presença de tropas brasileiras no Haiti num processo de ocupação e repressão ao sabor dos interesses dos EUA?

Marina da Silva não é a ponta de um iceberg. É o próprio. Não agüentou digerir tantos sapos assim. E existem diferenças fundamentais entre ela e Heloísa Helena. A senadora Marina tentou de todas as formas resistir dentro do PT. Não é uma temperamental como a alagoana. E não vai aqui nenhuma crítica sobre conduta em relação a Heloísa Helena, só a forma, ao jeito.

A decisão de deixar o partido foi consciente. Pensada e pesada. O que vai fazer daqui para a frente é outra conversa. Se se deixar ludibriar pelo canto de tucanos e democratas joga fora sua história. Não creio que faça isso. A senadora não dá mostras, nunca, de assimilar a convivência com pústulas padrão José Serra.

O problema Marina da Silva não é só Marina da Silva, o tamanho da perda (imenso). É o processo autofágico de Lula e do PT.

Isso significa que presidente e partido são absolutamente irresponsáveis no que diz respeito à luta popular e pensam apenas e tão somente na política menor de um institucional carcomido pela corrupção e pelo entreguismo.

Não se pode exigir das pessoas que fechem os olhos a isso e apóiem incondicionalmente o governo e seu partido.

Apoio incondicional, um político mineiro dos velhos tempos dizia que a gente “só presta a mãe”.

O que está em jogo é bem maior que Lula e o PT.

Os caminhos são outros. Ou esse País vira estado norte-americano, república de bananas, com bases militares no Nordeste como querem os EUA, sob a batuta de bandidos tucanos democratas à frente José Serra e toda a corte FIESP/DASLU.

Na luta pelo Brasil soberano, independente e justo, Lula e o PT são episódicos. Essa construção está acima deles. E a resistência se estende a atitudes e posturas como a de aliar-se a figuras como Sarney. Não se trata de sobreviver a nada, mas tão somente de criar condições de governabilidade dentro de um processo corrupto e anti-nacional.

É abrir as portas para José Serra em 2010. Ou pior, o irresponsável do governador de Minas. O tal que não tem dinheiro, mas compra apartamento de 12 milhões de reais.


Laerte Braga é jornalista, escritor, cineasta e, last but not least, colaborador da AAA - PressAA

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